
Não é segredo pra ninguém que esperar meses — às vezes anos — por uma consulta com especialista virou rotina no SUS. Mas parece que o vento tá começando a mudar. Numa entrevista exclusiva, o ministro da Saúde, Nísia Trindade, soltou o verbo sobre o que tá sendo feito pra desemperrar essa situação.
O que tá pegando?
Segundo o ministro, o governo federal tá botando a mão na massa com um pacote de medidas que, se der certo, pode encurtar tanto aquela espera interminável que você já até esqueceu que marcou a consulta. A estratégia tem três pernas:
- Expansão da telemedicina — porque em pleno 2024 não faz sentido alguém ter que viajar 300km pra mostrar um exame
- Parcerias com universidades — os hospitais universitários vão virar centros de referência
- Mais vagas em residência médica — formar mais especialistas pra não ficar dependendo de cubano
"Tem gente que acha que é só jogar dinheiro no problema", disse o ministro, fazendo cara de quem já ouviu cada coisa. Mas a real é que o negócio é bem mais embaixo — envolve desde burocracia até a porca distribuição de médicos pelo país.
Números que doem
Pra você ter ideia, em alguns estados a espera por um neurologista passa de dois anos. Dois anos! Enquanto isso, em capitais como São Paulo, a fila anda mais rápido — o que só prova como a desigualdade tá entranhada até na saúde.
Mas calma que tem luz no fim do túnel. O ministro adiantou que até o fim do semestre devem sair os primeiros editais pra ampliar os serviços. "Não vai ser do dia pra noite", ele avisa, "mas quem tá há anos na fila vai sentir a diferença".
E aí, será que dessa vez vai? O tempo — e as filas — vão dizer.