
Parece que Goiás está prestes a entrar de cabeça na corrida pelo combate à obesidade. E olha só que notícia promissora: o Laboratório Oficial do Estado (LGE) está com um projeto nas mãos que pode, literalmente, mudar a balança para milhares de brasileiros.
Estamos falando da produção das famosas canetas emagrecedoras — aquelas que usam semaglutida, mesma substância do Ozempic — aqui mesmo em solo goiano. A ideia é ambiciosa, mas totalmente factível, segundo os especialistas envolvidos.
Do sonho à realidade
O processo já está em andamento, sabia? O laboratório enviou uma carta de intenções à empresa dinamarquesa Novo Nordisk, detentora da patente. Agora é aguardar — e torcer — pela resposta positiva. Se der certo, pode ser um divisor de águas na saúde pública brasileira.
Imagine só: um medicamento que hoje custa os olhos da cara, chegando ao SUS por uma fração do preço. É exatamente isso que está em jogo. O diretor-presidente do LGE, Flávio Morais, não esconde o entusiasmo: "Temos capacidade técnica e estamos prontos para esse desafio".
Por que isso é tão importante?
O Brasil vive uma verdadeira epidemia de obesidade. Dados assustadores mostram que mais da metade da população está acima do peso. E não se trata apenas de estética — a obesidade traz consigo diabetes, hipertensão e uma série de outros problemas graves.
As canetas atuais funcionam tão bem que viraram febre mundial. Mas o preço? Inacessível para a maioria. É aí que entra a importância do projeto goiano. Produzir localmente significa quebrar essa barreira financeira e democratizar o acesso.
Os próximos passos
Se a Novo Nordisk aceitar a parceria, o LGE já tem tudo planejado:
- Adaptação da estrutura física do laboratório
- Treinamento especializado da equipe
- Implantação de rigorosos controles de qualidade
- Início da produção em escala piloto
O investimento inicial? Cerca de R$ 20 milhões — um valor que parece pequeno perto dos benefícios que pode trazer.
Enquanto isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o uso da semaglutida para tratamento da obesidade. Tudo indica que as estrelas estão se alinhando para esse projeto sair do papel.
Restam, claro, alguns desafios pela frente. A dependência de importação de matéria-prima é um deles. Mas os pesquisadores estão confiantes de que, com o tempo, conseguiremos dominar toda a cadeia produtiva.
Uma coisa é certa: se der certo, Goiás pode se tornar referência nacional em produção de medicamentos biotecnológicos. E o melhor de tudo — ajudar milhões de brasileiros a reconquistarem sua saúde e autoestima.