
Imagine só: dezenas de enfermeiros, aqueles profissionais que são a espinha dorsal do nosso SUS, mergulhando de cabeça em um treinamento que pode mudar completamente a forma como a saúde básica chega à população. Foi exatamente isso que aconteceu em Santarém, no oeste do Pará, nesta sexta-feira (23).
O auditório do Centro Municipal de Informação e Educação em Saúde (Cemies) virou um verdadeiro laboratório de ideias. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), não brincou em serviço — trouxe a especialista Andréa dos Santos, uma referência no assunto, direto de Brasília, para comandar a capacitação. E olha, não foi só mais uma palinha chata. Foi coisa séria.
O Coração da Mudança
O que estava em jogo? Os novos Indicadores Nacionais da Atenção Primária. Parece jargão de técnico, eu sei, mas é isso daqui que vai ditar se o posto de saúde do seu bairro vai funcionar direito ou não. São métricas novas, mais modernas, que avaliam desde o pré-natal até o acompanhamento de hipertensos e diabéticos. Coisa que afeta todo mundo.
— A gente precisa falar a mesma língua que o Ministério da Saúde — explicou Andréa, com a paciência de quem ensina e a paixão de quem acredita. — Esses indicadores não são números num papel. Eles refletem a vida real das pessoas que dependem do SUS.
Na Prática, na Ponta do Lápis
Os participantes não foram só ouvintes. Longe disso. Eles se debruçaram sobre planilhas, simularam preenchimentos, tiraram dúvidas cruéis — aquelas que só quem está no dia a dia da unidade de saúde conhece. A cobrança por qualidade nos registros é grande, mas necessária. Afinal, como melhorar o que você não consegue medir?
E tem mais. A capacitação não para por aí. A Semsa já avisou: isso é só o primeiro round. Vem mais por aí, porque a meta é deixar toda a rede afiada e alinhada com as diretrizes nacionais. É investimento que, no final das contas, retorna em atendimento de mais qualidade para você, para mim, para todo mundo.
Quem estava lá saiu diferente. Com mais bagagem, mais confiança e aquele feeling de que está participando de uma mudança real. E no fim, é disso que se trata: transformar dados em cuidado, e números em bem-estar.