
Era uma terça-feira comum no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, quando a equipe médica fez algo extraordinário — algo que nem eles acreditavam ser possível no sistema público há alguns anos atrás. Um homem de 38 anos, que preferiu não ter o nome divulgado, tornou-se o primeiro paciente a receber um transplante de osso e cartilagem pelo SUS na Bahia.
"Quando me disseram que eu seria o primeiro, quase caí da cadeira", conta o paciente, ainda surpreso. "Pensei que esse tipo de coisa só existia em filme ou para quem tem plano de saúde caríssimo."
Como funciona o procedimento?
Diferente dos transplantes tradicionais — aqueles de rim ou coração que a gente sempre ouve falar —, esse aqui é quase como um "lego biológico". Os médicos retiram fragmentos de osso e cartilagem de um doador falecido (já aprovado pela família, claro) e remodelam esse material para encaixar perfeitamente no joelho do receptor.
- O paciente sofria com uma lesão grave no joelho há 5 anos
- Sem o transplante, provavelmente desenvolveria artrose severa
- A técnica evita a necessidade de próteses metálicas em pacientes jovens
Dr. Carlos Almeida, ortopedista que liderou a equipe, explica com os olhos brilhando: "É como substituir um piso danificado por um novo, mas usando material original. A diferença na qualidade de vida é absurda — o paciente já está andando sem dor depois de 3 semanas!"
E o SUS? Como fica nessa história?
Ah, o nosso tão criticado (e às vezes injustiçado) Sistema Único de Saúde! Essa cirurgia custaria cerca de R$ 50 mil na rede privada. No SUS? Zero reais para o paciente. "Isso mostra que, quando há investimento e capacitação, o SUS é capaz de feitos impressionantes", defende a secretária de saúde da Bahia, que acompanhou de perto o caso.
Mas calma lá — não é que agora todo mundo vai correr para marcar seu transplante. O procedimento ainda é raro e indicado apenas para casos específicos. A fila? Existe, como em qualquer transplante. Mas o importante é que a Bahia deu o primeiro passo — e que passo!
Enquanto isso, nosso herói anônimo já planeja voltar a jogar bola com os amigos. "Nem acredito que vou poder chutar uma bola de novo sem sentir aquela dor insuportável", diz, emocionado. E nós? Ficamos torcendo para que histórias como essa se multipliquem pelo Brasil afora.