O estado do Amazonas deu um passo importante na campanha de vacinação contra a Covid-19 ao ampliar a aplicação da quarta dose para a população a partir de 40 anos. A medida entrou em vigor nesta quarta-feira (22) e representa mais uma frente de combate às doenças respiratórias no estado.
Queda significativa nas mortes por vírus respiratórios
Os dados mais recentes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP) trazem uma notícia positiva: as mortes por vírus respiratórios registraram queda de 21,8% em 2025. O boletim divulgado na segunda-feira (10) mostra que, até o início de novembro deste ano, foram contabilizados 61 óbitos, contra 78 no mesmo período de 2024.
Entretanto, o número de casos apresentou leve aumento de 0,3%. Em novembro de 2025, o Amazonas registrou 1.744 casos de síndromes respiratórias, enquanto no mesmo período do ano anterior foram 1.739 confirmações.
Distribuição dos óbitos por agentes virais e municípios
Os dados da FVS-RCP detalham que as mortes foram causadas por diferentes agentes virais:
- Covid-19 - 27 óbitos
- Influenza A - 22 óbitos
- Rinovírus - 6 óbitos
- Vírus Sincicial Respiratório - 3 óbitos
- Influenza B - 2 óbitos
- Parainfluenza - 1 óbito
Os municípios que registraram óbitos foram:
- Manaus - 42 casos
- Tefé - 2 casos
- São Gabriel da Cachoeira - 2 casos
- Manacapuru - 1 caso
- Barcelos - 1 caso
Crianças são as mais afetadas pelas síndromes respiratórias
Um dado que chama atenção nas últimas três semanas de monitoramento, entre 19 de outubro e 8 de novembro, é que as crianças foram as mais impactadas pelas síndromes respiratórias. A distribuição por faixa etária mostra:
- Crianças de 1 a 4 anos: 40% dos casos
- Menores de 1 ano: 33% dos casos
- Crianças de 5 a 9 anos: 10% dos casos
Entre os adultos, os grupos mais atingidos foram pessoas com 60 anos ou mais (7% dos casos) e adultos de 29 a 39 anos (3% dos casos).
Medidas de prevenção continuam essenciais
A FVS-RCP reforça a importância das medidas preventivas contra as síndromes respiratórias. As orientações incluem:
- Higienização frequente das mãos
- Prática da etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar)
- Evitar aglomerações
- Uso de máscara de proteção respiratória para pessoas com sintomas, profissionais de saúde, quem tem contato com sintomáticos e grupos de risco
- Proteção especial para crianças menores de seis meses, evitando exposição a ambientes de risco
Além das preocupações com vírus respiratórios, o governo alerta que os casos de dengue no Amazonas tendem a aumentar nas próximas semanas, exigindo atenção redobrada da população e dos serviços de saúde.
Vale destacar que, paralelamente a estas medidas, algumas cidades do estado enfrentam dificuldades com o desabastecimento de vacinas contra Covid-19 e febre amarela, situação que preocupa as autoridades de saúde.
