
Parece inacreditável, mas é a mais pura verdade: uma montanha de cinco mil quilos de lixo – sim, cinco toneladas! – foi removida de apenas quinze casas no bairro São Jorge, em Maceió. A operação, que foi nada discreta, aconteceu nesta quarta-feira (20) e deixou todo mundo de queixo caído.
O que se viu foi, francamente, de cortar o coração. De móveis velhos e estragados a uma infinidade de objetos inúteis que só serviam para um coisa: virar criadouro do mosquito da dengue. Uma situação dessas, convenhamos, é um perigo público ambulante.
Não foi um passeio no parque
Os agentes de endemias, esses heróis anônimos, tiveram que suar a camisa. Eles não mediram esforços para entrar nos terrenos e fazer aquela limpeza pesada, daquelas que a gente sabe que é necessária, mas que custa a fazer. A prefeitura de Maceió deu o suporte com maquinário pesado, porque carregar tudo aquilo na base do braço? Impossível.
O pior de tudo é que a maioria desses imóveis estava mesmo abandonada. Os proprietários? Nem sinal. Sumiram do mapa e deixaram aquele problema para a comunidade inteira resolver. É um absurdo sem tamanho, uma falta de responsabilidade que coloca a saúde de todos em risco.
O alerta que não pode ser ignorado
O coordenador de Endemias do município, Carmelo Farias, não usou meias-palavras. Ele foi direto ao ponto: a situação encontrada era crítica, um verdadeiro convite para uma epidemia. Ele fez um apelo – ou melhor, um ultimato – para que a população abra as portas das suas casas e permita que os agentes façam o trabalho de vistoria.
É simples: sem a permissão do morador, o agente fica de mãos atadas do lado de fora. E é aí que o perigo mora, literalmente. Essa parceria entre o poder público e o cidadão não é um favor, é uma obrigação de todos nós.
Quem quiser agendar uma vistoria pode ligar no 3312-5495. É rápido, é gratuito e, acima de tudo, é uma questão de inteligência coletiva. Afinal, ninguém quer ver São Jorge – ou qualquer outro bairro – virar notícia de novo por um motivo tão triste quanto esse, não é mesmo?