Juiz que usou nome falso sofre de transtorno de personalidade esquizoide, afirma defesa
Juiz com nome falso tinha transtorno mental, afirma defesa

A defesa de um juiz que utilizou um nome falso em ações judiciais apresentou um laudo médico alegando que o magistrado sofre de transtorno de personalidade esquizoide. Segundo os advogados, essa condição psicológica teria influenciado sua conduta incomum.

O caso, que está sob sigilo judicial, veio à tona após investigações sobre irregularidades em processos. A defesa argumenta que o juiz agiu sem intenção de fraudar o sistema, mas sim em decorrência de seu quadro clínico.

O que é transtorno de personalidade esquizoide?

De acordo com especialistas, esse transtorno se caracteriza por:

  • Dificuldade em estabelecer relações sociais
  • Comportamento introspectivo e isolamento
  • Falta de interesse em interações humanas
  • Preferência por atividades solitárias

Psiquiatras consultados pela reportagem explicam que, embora possa afetar o julgamento social, o transtorno não compromete necessariamente a capacidade cognitiva ou profissional.

Repercussão no meio jurídico

O caso gerou intenso debate entre profissionais do Direito sobre:

  1. Os limites entre saúde mental e exercício da magistratura
  2. Protocolos de acompanhamento psicológico para juízes
  3. Mecanismos de fiscalização do Judiciário

Alguns colegas do magistrado relataram ter notado comportamentos atípicos ao longo dos anos, mas não imaginavam que poderiam estar relacionados a um transtorno diagnosticado.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que acompanha o caso, mas não se manifestou sobre possíveis medidas disciplinares até a conclusão dos exames médicos.