Bebês Reborn: A polêmica que mistura saúde mental, afeto e tabus sociais
Bebês reborn: a polêmica entre saúde mental e afeto

Elas parecem reais, choram, respiram e até têm batimentos cardíacos simulados. As bonecas reborn, hiper-realistas, estão no centro de uma polêmica que divide opiniões no Brasil e no mundo. Enquanto alguns as veem como ferramentas terapêuticas, outros alertam para riscos à saúde mental.

O que são os bebês reborn?

Produzidas artesanalmente com materiais como silicone e vinil, essas bonecas podem custar até R$ 15 mil. Muitas são encomendadas por mulheres que perderam filhos, sofrem de infertilidade ou buscam preencher um vazio emocional.

Terapia ou obsessão?

Psicólogos destacam casos em que as bonecas ajudaram no processo de luto ou como apoio emocional. "Para algumas pacientes, é uma forma de elaborar a perda", explica a psicóloga Carla Silva. Por outro lado, especialistas alertam para o risco de substituição de relações humanas e desenvolvimento de dependência emocional.

A polêmica nas redes sociais

Vídeos de mulheres tratando as bonecas como bebês reais viralizam, gerando tanto empatia quanto críticas. Enquanto alguns internautas defendem o direito de cada um lidar com suas dores, outros questionam até que ponto essa prática é saudável.

O mercado em expansão

O Brasil já conta com dezenas de artistas especializados na confecção dessas bonecas. A demanda crescente revela um nicho de mercado lucrativo, mas também expõe a necessidade de discussão sobre os limites entre terapia e escapismo emocional.

O debate continua: até que ponto essas bonecas ajudam ou prejudicam a saúde mental? A resposta, segundo especialistas, depende de cada caso e do acompanhamento profissional adequado.