
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma realidade para aproximadamente 2,4 milhões de brasileiros, segundo dados recentes. Mas o que está por trás desse número? Seria uma epidemia, uma "moda" ou simplesmente um maior acesso à informação e diagnóstico?
O aumento nos diagnósticos
Nos últimos anos, houve um crescimento significativo no número de diagnósticos de autismo no Brasil. Especialistas apontam que isso não necessariamente significa que mais pessoas estão desenvolvendo o transtorno, mas sim que a medicina está mais preparada para identificá-lo.
Possíveis explicações:
- Maior conscientização sobre o TEA
- Critérios diagnósticos mais abrangentes
- Melhoria no acesso a profissionais especializados
- Redução do estigma em buscar ajuda
Desafios no diagnóstico
Apesar dos avanços, muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades para obter um diagnóstico preciso, especialmente em regiões com menos recursos. O processo pode ser demorado e caro, deixando muitas famílias sem o suporte necessário.
Sinais precoces do autismo:
- Dificuldade na interação social
- Padrões repetitivos de comportamento
- Sensibilidade sensorial aumentada
- Atraso no desenvolvimento da fala
Políticas públicas e inclusão
O Brasil tem avançado na criação de políticas para pessoas com autismo, como a Lei Berenice Piana (12.764/2012), que estabelece direitos e diretrizes para atendimento. Porém, a implementação ainda é desigual em todo o país.
O debate sobre o aumento nos casos de autismo continua, mas uma coisa é certa: mais informação e menos preconceito são sempre bem-vindos quando o assunto é saúde mental e inclusão.