
Não é segredo pra ninguém que o Brasil tá enfrentando uma crise na vacinação infantil — e o pior é que muita gente nem faz ideia do tamanho do buraco. A gente voltou pra lista dos países com menos crianças imunizadas no mundo, e adivinha só? As fake news têm um dedo enorme nessa bagunça.
Parece até piada, mas é sério: informações falsas sobre vacinas tão circulando mais rápido que meme no WhatsApp. Tem gente espalhando que imunizante causa autismo, que é "coisa do governo" pra controlar a população... Sério, dá vontade de bater a cabeça na parede.
Os números que doem
Em 2019, antes da pandemia, a cobertura da tríplice viral (aquela que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) tava em 93%. Hoje? Mal passa dos 70%. É como se a gente tivesse voltado no tempo 20 anos — e não, isso não é nostalgia boa.
E olha que paradoxo: enquanto o SUS oferece vacinas de graça em todo canto, tem mãe deixando de vacinar filho por medo de efeitos que nem existem. É de cair o cu da bunda, como diria o popular.
Quem tá por trás disso?
Não são só os terraplanistas da vida. Grupos antivacina tão usando táticas de marketing digital pra espalhar mentiras — e funcionando melhor que campanha política. Eles pegam um estudo falsificado aqui, distorcem um dado ali, e pronto: criam uma narrativa que viraliza feito gripe em creche.
O pior? Quando a gente pensa que já viu de tudo, aparece mais uma: "Vacina tem chip da Nova Ordem Mundial". Aff, até parece filme ruim de ficção científica.
E agora, José?
Enquanto isso, doenças que a gente já tinha esquecido tão voltando com força total. Sarampo, difteria, até pólio — sim, aquela que paralisava crianças nos anos 50 — tão batendo na porta de novo.
Os especialistas tão de cabelo em pé. "É como assistir um incêndio florestal em câmera lenta", diz um infectologista que prefere não se identificar — até isso virou tabu hoje em dia.
Mas nem tudo tá perdido. Algumas prefeituras tão inovando:
- Postos de vacinação em shoppings e estações de metrô
- Parceria com influencers pra combater fake news
- Até "vacinação drive-thru" igual teste de COVID
No fim das contas, a gente sabe que informação boa é o melhor antídoto contra mentira. Mas enquanto não cortarem o mal pela raiz — plataformas lucrando com desinformação — vai ser sempre uma corrida contra o tempo.