
Imagine a cena: uma enfermaria cheia, profissionais correndo de um lado para outro e, no meio do caos, frascos quase idênticos lado a lado. Foi assim — ou pelo menos é o que se suspeita — que dois recém-nascidos em Santa Catarina receberam, por engano, uma dose de soro antiofídico quando deveriam ter sido medicados com outra substância.
O caso, que está sendo investigado com lupa pelas autoridades, aconteceu em um hospital de Blumenau. Detalhe que deixa tudo mais preocupante: os frascos do soro de cobra e do medicamento correto eram tão parecidos que até um olhar mais atento poderia se confundir. Algo como tentar diferenciar gêmeos idênticos depois de uma noite maldormida.
Como tudo aconteceu?
Segundo fontes próximas ao caso, os bebês — que felizmente passam bem — precisavam de um tratamento específico, mas em vez disso receberam o soro contra picadas de cobra. A sorte é que a dose aplicada foi mínima, mas mesmo assim... dá um frio na espinha só de pensar, não é?
O hospital, é claro, já se manifestou. Em nota, afirmou que está revisando todos os protocolos e que os profissionais envolvidos foram afastados enquanto a investigação corre. Mas cá entre nós: será que não está na hora de repensar a embalagem desses medicamentos críticos?
O perigo da padronização excessiva
Você já parou para pensar como embalagens muito parecidas podem ser uma armadilha? No calor do momento, sob pressão, até o mais experiente dos profissionais pode escorregar. E quando o assunto é saúde — principalmente de recém-nascidos —, um detalhe mínimo pode fazer toda a diferença.
Especialistas ouvidos sobre o caso foram enfáticos: "É preciso urgentemente diferenciar visualmente medicamentos de alto risco". Algumas sugestões? Cores berrantes, formatos distintos, até mesmo códigos de barras que acionem alarmes se escaneados errado. Qualquer coisa que quebre essa monotonia perigosa.
Enquanto isso, os pais dos bebês envolvidos devem estar passando por um turbilhão de emoções. Afinal, ninguém espera que um simples tratamento de rotina vire um episódio de suspense médico. A boa notícia é que, segundo os médicos, as crianças não sofreram sequelas. Mas convenhamos: isso não apaga a necessidade de mudanças urgentes no sistema.