
Imagine a cena: um bebê de poucas horas de vida, frágil como um passarinho, submetido a um procedimento com equipamento totalmente inadequado. Foi exatamente o que aconteceu em uma maternidade de Maceió, e o desespero dos pais ainda ecoa pelos corredores da unidade de saúde.
O caso — que mais parece um pesadelo — ocorreu no último dia 22, mas a ferida ainda está aberta. A criança, que precisava de cuidados especiais, foi submetida a uma aspiração com sonda nasal de adulto. Sim, você leu certo: material para pacientes grandes em um serzinho que mal chegou ao mundo.
O DESESPERO DOS PAIS
"Foi de cortar o coração", desabafa o pai, que preferiu não se identificar. A família flagrou a cena e imediatamente interveio. A sensação? Impotência misturada com raiva. Muito raiva.
O pior de tudo é que não foi um simples equívoco. Segundo relatos, a equipe teria insistido no procedimento inadequado mesmo após alertas. Teimosia? Despreparo? Não sabemos, mas o resultado foi um trauma evitável.
RESPOSTA DA JUSTIÇA
O Ministério Público de Alagoas já foi acionado e investiga o caso. A Promotoria da Saúde não vai deixar barato — promete apurar até as últimas consequências. Afinal, estamos falando de uma vida que mal começou e já foi exposta a riscos desnecessários.
Enquanto isso, a direção do hospital se mantém em silêncio. Nenhum pronunciamento, nenhuma explicação convincente. O que sabemos vem através de fontes internas que confirmam: realmente houve uma falha grave no procedimento.
NÃO É ISOLADO
O que mais assusta é que casos assim parecem se repetir Brasil afora. Só no último ano, foram dezenas de denúncias de negligência neonatal em hospitais públicos. Alguns terminam em tragédia — outros, como este, em trauma e revolta.
Os pais do recém-nascido de Maceió agora lutam por justiça. Querem que ninguém mais passe pelo que eles passaram. E merecem respostas. Afinal, cada vida importa — especialmente as que mal começaram.