O auditório da ACIL simplesmente parou. Num daqules silêncios que falam mais que mil palavras, todas as atenções se voltaram para a voz que tremulava levemente, mas carregava uma força impressionante. Era uma sobrevivente contando sua batalha contra o câncer de mama, e aquelas palavras — francamente — arrepiaram.
Assim começou a abertura do Outubro Rosa 2025 na Associação Comercial e Industrial de Limeira, um evento que promete marcar este mês de conscientização de forma diferente. Diferente porque foi além dos discursos protocolares, sabe? Foi humano, genuíno, daqueles que ficam na memória.
Mais que uma cerimônia: um verdadeiro chamado à ação
O presidente da ACIL, José Eduardo Marangoni, não mediu palavras ao falar sobre a responsabilidade social da entidade. "A gente não pode ficar só no blá-blá-blá institucional", disparou ele, com aquela franqueza que cativa. "Prevenção salva vidas — e ponto final."
E não foi só discurso. A iluminação rosa que agora banha a fachada da sede é só o começo. A programação para outubro está recheada de atividades, desde palestras educativas até aqueles encontros mais descontraídos onde as pessoas realmente conversam, trocam experiências, se abrem.
União que fortalece
O que me chamou atenção — e muito — foi ver tantas entidades juntas na mesma mesa. Tinha representante da Santa Casa, da Unimed, da Prefeitura, do Lions Club... Cada um trazendo sua expertise, seu jeito de contribuir. Parece que finalmente entenderam que saúde pública não é território para egoísmo.
E olha, quando o secretário municipal de Saúde pegou o microfone, a mensagem foi clara como água: "Detecção precoce muda completamente o jogo". Ele falou sobre os postos de saúde preparados, sobre a importância de vencer o medo e fazer os exames regularmente. Coisa séria, gente.
Histórias que inspiram
Mas vamos combinar — o que realmente tocou foram os depoimentos. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, contou como descobriu o câncer quase por acaso durante um exame de rotina. "Parece que o mundo desaba naquele momento", confessou, com os olhos marejados. "Mas hoje estou aqui, curada e grata."
Outra participante, Dona Maria, já com seus 70 anos bem vividos, compartilhou como convenceu as amigas a fazerem a mamografia. "Teve uma que descobriu no início graças à minha insistência", contou, com orgulho misturado com alívio. São essas pequenas vitórias que fazem a diferença.
Para além de outubro
O grande desafio, claro, é manter o assunto em pauta depois que novembro chegar. A ACIL prometeu que essa não será uma campanha só para inglês ver — eles já estão planejando ações durante todo o ano. Afinal, câncer não tira férias, não escolhe mês para aparecer.
Enquanto a luz rosa continua brilhando na frente da associação, fica o convite: participe, informe-se, espalhe conhecimento. Porque no final das contas, conscientização é como uma corrente — quanto mais elos, mais forte ela fica.
E você? Já marcou seus exames este ano? Vale a reflexão.
