Novas regras para cirurgia bariátrica: doença ganha mais peso que a balança, explica médico
Novas regras para cirurgia bariátrica focam na doença

O cenário da cirurgia bariátrica no Brasil está passando por transformações significativas. As novas diretrizes, que começam a valer em breve, trazem uma abordagem mais holística para o tratamento da obesidade, focando não apenas no peso do paciente, mas em todo o contexto de saúde.

O que muda na avaliação?

Segundo especialistas, o Índice de Massa Corporal (IMC) deixa de ser o único critério decisivo. Agora, os médicos deverão considerar:

  • Comorbidades associadas (como diabetes e hipertensão)
  • Histórico de tentativas de tratamento clínico
  • Impacto na qualidade de vida
  • Riscos psicossociais

Por que essa mudança?

"Estamos valorizando mais a doença em si e menos o peso como número isolado", explica o cirurgião bariátrico Dr. Rafael Mendes. "Muitos pacientes com IMC abaixo do tradicionalmente exigido sofrem com complicações graves da obesidade e precisam de intervenção."

Impactos no SUS e planos de saúde

As novas regras devem:

  1. Ampliar o acesso ao procedimento
  2. Reduzir a burocracia para aprovação
  3. Otimizar os recursos do sistema de saúde

Especialistas alertam, porém, que a cirurgia continua sendo o último recurso, indicada apenas quando outros tratamentos falharam.