Casal da Bahia desafia convenções: casamento entre cunhados gera debate jurídico e social
Casamento entre cunhados na Bahia gera debate jurídico

Era um daqueles casos que fazem os juristas coçarem a cabeça e os vizinhos sussurrarem atrás das cortinas. Na Bahia, um casal resolveu desafiar o senso comum — e, pasmem, a própria lei — ao oficializar uma relação que, até então, vivia nas sombras da interpretação jurídica.

O Tribunal de Justiça baiano acabou de chancelar o que muita gente nem imaginava possível: um casamento entre cunhados. Sim, você leu direito. Não estamos falando daqueles dramas de novela das nove, mas de uma história real que mistura afeto, persistência e uma boa dose de coragem.

Como tudo começou?

O caso tem raízes numa tragédia familiar. Após o falecimento da irmã de um dos envolvidos, o que era laço de parentesco se transformou em algo mais — muito mais. "A vida nos uniu de um jeito que ninguém planejou", contou um dos parceiros, preferindo manter o anonimato.

Foram anos de convivência, cuidados com os filhos — porque sim, crianças estavam no meio dessa equação — até que resolveram bater na porta da Justiça. E olha, não foi moleza não. O caminho até a decisão final foi mais sinuoso que estrada de serra em dia de chuva.

O que diz a lei?

O Código Civil brasileiro, em seu artigo 1.521, é claro como água de coco fresca: proíbe casamento entre cunhados. Mas (e sempre tem um mas) a Constituição Federal, no seu artigo 226, fala em "uniões estáveis" sem fazer rodeios sobre quem pode ou não formar família.

Foi nesse cabo de guerra jurídico que o casal baiano plantou sua bandeira. "A realidade das famílias brasileiras mudou, mas a lei ficou parada no tempo", argumentou o advogado da causa, que preferiu não dar sopa para o azar comentando detalhes antes da publicação oficial do acórdão.

E a sociedade, como reagiu?

Nas redes sociais, o assunto explodiu feito pipoca no micro-ondas. De um lado, os puristas de plantão gritando "isso é um absurdo!". Do outro, quem defende que "amor é amor" e ponto final. No meio, uma legião de curiosos tentando entender como funciona essa dinâmica familiar — imagina explicar isso nas reuniões de parentes?

Psicólogos entrevistados pelo G1 foram unânimes em um ponto: o importante é o bem-estar dos envolvidos, especialmente das crianças. "Família não se define por laços sanguíneos, mas por vínculos afetivos", disparou uma especialista, enquanto ajustava os óculos com ar professoral.

Já os religiosos... bem, esses preferiram não comentar muito. Quem sabe estão esperando uma sinalização celestial antes de se posicionar?

E agora, José?

A decisão baiana não cria jurisprudência automática — cada caso será analisado individualmente. Mas abre um precedente importante nesse tabuleiro de xadrez jurídico que é o direito de família no Brasil.

Enquanto isso, o casal comemora discretamente. Afinal, depois de tanto tempo vivendo à margem da lei, finalmente podem dizer: "sim, somos família". E quem é que vai ter coragem de discordar?