Alerta no Rio: Dois casos suspeitos de intoxicação por metanol e a corrida por um antídoto
Rio: casos suspeitos de intoxicação por metanol em investigação

A cidade do Rio de Janeiro está em estado de atenção, e não é por causa do carnaval que se aproxima. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que monitora dois casos suspeitos de algo bastante preocupante: intoxicação por metanol. Sim, aquele álcool que não foi feito para consumo humano.

Os dois pacientes — um deles já recebeu alta, o outro continua internado — apresentaram sintomas compatíveis com envenenamento por essa substância perigosa. E olha, a situação é séria mesmo. O metanol pode causar cegueira, danos neurológicos permanentes e, nos casos mais extremos, levar à morte.

Corrida contra o tempo

Enquanto isso, o que me preocupa profundamente é que as autoridades aguardam a chegada de um antídoto específico. O tal do fomepizol — nome complicado para uma esperança tão grande — está a caminho, vindo do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos.

Parece que a burocracia está dando uma trégua nesse caso. A Anvisa já autorizou o uso emergencial do medicamento, e o Ministério da Saúde conseguiu a liberação junto ao CDC. Agora é torcer para que chegue rápido, porque tempo é algo que não sobra quando se trata de envenenamento por metanol.

Como isso acontece?

Bom, a pergunta que não quer calar: como as pessoas se intoxicam com metanol? Geralmente — e é triste ter que dizer isso — o problema está naquela velha história de álcool adulterado. Bebidas fabricadas clandestinamente, produtos de procedência duvidosa, aquela 'barriga quente' que promete um barato mais forte.

Os sintomas iniciais até parecem com uma embriaguez comum, mas a coisa rapidamente fica feia: dor de cabeça forte, tontura, náuseas, vômitos, visão turva... E aí o negócio desanda de vez.

A verdade é que estamos falando de uma emergência médica rara, mas potencialmente fatal. E o pior: muitas vezes as pessoas só descobrem que consumiram metanol quando já é tarde demais.

O que as autoridades estão fazendo?

A Vigilância Sanitária municipal já acionou o modo investigação total. Eles estão rastreando a origem das bebidas que podem ter causado a intoxicação — trabalho de detetive mesmo. A ideia é identificar pontos de venda, fabricantes clandestinos, qualquer pista que possa evitar novos casos.

Enquanto isso, os hospitais da rede receberam um alerta para ficarem de olho em pacientes com sintomas similares. Parece pouco, mas acreditem: essa vigilância pode fazer toda a diferença.

O que me deixa pensando é como situações assim revelam falhas no nosso sistema. Quantas pessoas ainda vão se arriscar com bebidas baratas de origem duvidosa porque não têm acesso a produtos de qualidade? É uma questão de saúde pública que vai muito além desses dois casos.

E agora?

Enquanto o antídoto não chega, os médicos estão usando o protocolo padrão para esses casos: etanol. Sim, álcool mesmo — mas o etanol, que é o 'álcool bom', serve como antídoto temporário porque compete com o metanol no organismo.

Parece contra intuitivo, mas é a ciência funcionando. Às vezes as soluções são mais estranhas que a ficção.

O caso do Rio serve de alerta para todo o país. Com a proximidade do carnaval — época em que o consumo de bebidas alcóolicas aumenta consideravelmente — a vigilância precisa ser redobrada. Ninguém merece transformar uma festa em tragédia.

Fica o aviso: desconfiem de bebidas muito baratas, de garrafas sem rótulo, de produtos com aparência duvidosa. Sua vida vale muito mais que alguns reais economizados.