
A tranquilidade da pacata Lagoa do Ouro foi quebrada por um caso que serve de alerta para toda a região. Um homem de 36 anos — cujo nome as autoridades preferiram não divulgar — está lutando contra o tempo após ingerir uma bebida que, pasmem, continha metanol. E não estamos falando de qualquer reação adversa, mas de uma intoxicação grave que colocou sua vida em risco imediato.
O caso veio à tona na última sexta-feira, quando o paciente deu entrada no Hospital Regional do Agreste em Caruaru. E olha, a situação era tão preocupante que os médicos não perderam tempo — transferiram ele direto para o Hospital da Restauração, no Recife, que é referência no tratamento desse tipo de envenenamento.
O perigo invisível nas bebidas
O metanol, para quem não sabe, é aquilo que popularmente chamam de álcool metílico. E cá entre nós, é uma substância traiçoeira. Parece álcool comum, mas o estrago que faz no organismo é devastador. Pode causar cegueira, danos neurológicos permanentes e, nos casos mais extremos, levar à morte.
O que mais preocupa nesse caso é que a vítima não fazia ideia do que estava consumindo. Comprou achando que era uma bebida normal, e se deparou com um veneno disfarçado. Isso me faz pensar: quantas outras pessoas estão correndo o mesmo risco por aí?
Corrida contra o tempo
Os sintomas começaram a aparecer algumas horas após o consumo. Segundo relatos, o homem começou com tonturas, visão turva — aquela sensação de que tudo está embaçado — e fortes dores abdominais. Quando percebeu que não era uma simples indisposição, já era tarde demais.
No Hospital da Restauração, a equipe médica trabalha contra o relógio. O tratamento para intoxicação por metanol é complexo e requer medicamentos específicos que nem todo hospital tem disponível. E sabe o que é pior? O antídoto precisa ser administrado rapidamente, senão os danos podem ser irreversíveis.
Um alerta que vem tarde demais?
Esse caso acende um sinal vermelho sobre um problema que muita gente subestima: a fiscalização de bebidas artesanais. Na região do Agreste, é comum encontrar produção caseira de diversos tipos de drinks. A questão é: como garantir que esses produtos são seguros?
As autoridades de saúde já foram acionadas e, pelo que tudo indica, vão intensificar as investigações. O objetivo é descobrir a origem da bebida contaminada e, esperamos, evitar que novos casos aconteçam.
Enquanto isso, o homem de Lagoa do Ouro continua internado, sua família na expectativa de uma melhora. Um drama que serve de lição para todos nós: na hora de consumir bebidas alcoólicas, especialmente as de produção caseira, a desconfiança pode ser nossa maior aliada.
Que esse caso sirva de alerta — porque, convenhamos, ninguém merece passar por isso só por querer tomar uma bebida para relaxar.