
O governo da Itália anunciou nesta segunda-feira (20) uma série de mudanças nas regras para obtenção da cidadania italiana. As novas medidas, aprovadas pelo parlamento, trazem restrições significativas que impactam tanto descendentes de italianos quanto imigrantes que buscam se naturalizar.
O que muda na legislação?
Entre as principais alterações estão:
- Redução do prazo para transmissão da cidadania: Agora, apenas filhos de italianos nascidos no exterior poderão solicitar a cidadania até a segunda geração.
- Aumento do tempo de residência: Estrangeiros precisarão residir na Itália por pelo menos 10 anos (antes eram 4) para solicitar a naturalização.
- Exigência de comprovação de renda: Será necessário apresentar documentos que comprovem estabilidade financeira.
- Teste de proficiência: Todos os solicitantes deverão passar por um exame de língua italiana nível B1.
Impactos para brasileiros
Estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros tenham ascendência italiana. Com as novas regras:
- Muitos que planejavam obter a cidadania por direito de sangue podem ficar de fora
- Processos já em andamento terão que se adaptar às novas exigências
- O custo total do processo deve aumentar consideravelmente
Reações ao anúncio
Comunidades de descendentes italianos ao redor do mundo já manifestaram preocupação com as mudanças. Especialistas alertam que as novas regras podem:
- Reduzir significativamente o número de novos cidadãos italianos
- Criar obstáculos para famílias que já estavam em processo de reunificação
- Impactar a economia italiana, que se beneficia da diáspora
O governo italiano justifica as mudanças como necessárias para "garantir a integridade da cidadania" e controlar melhor os fluxos migratórios. As novas regras entram em vigor em 1° de janeiro de 2026.