O Brasil acordou mais pesado hoje. Preta Gil, aquela voz que ecoava além dos palcos, partiu depois de uma batalha dura — daquelas que deixam marcas não só no corpo, mas na alma de quem acompanha. Foram anos de tratamento, altos e baixos, e uma coragem que parecia inesgotável.
Não foi fácil. Quem acompanhou sua jornada nas redes sociais sabe: tinha dia de sorriso largo, outros de silêncio eloquente. Ela mostrou a realidade nua e crua do câncer — sem filtros, sem maquiagem. E no meio disso tudo, ainda achava energia pra levantar a bandeira do autocuidado.
Uma vida entre luzes e sombras
Filha do lendário Gilberto Gil, Preta nunca foi só "a filha de". Construiu sua própria história — às vezes aos tropeços, como todo mundo — com uma autenticidade que arrancava aplausos e suspiros. No palco, era fogo. Na vida pessoal, uma tempestade de emoções que não tinha medo de mostrar.
Lembram quando ela parou os shows? Foi um baque. Mas a maneira como lidou com tudo... Isso sim foi aula. Virou símbolo de resistência sem querer, só por existir daquele jeito todo particular.
O adeus que não é despedida
As redes sociais explodiram. De fã anônimo a artista consagrado, todo mundo tinha uma história com ela. Algumas lembranças engraçadas — aquela vez que fez todo mundo rir no programa de auditório. Outras emocionantes — quando abraçou causas sociais com unhas e dentes.
O câncer levou ela, mas não apagou o rastro que deixou. E olha, que rastro... Daqueles que não saem com água e sabão. Fica a lição: lutar até o fim, mesmo quando o fim parece inevitável, tem um valor que nenhuma palavra consegue medir.
O velório? Multidão. Como não poderia deixar de ser. Gente que nem a conhecia pessoalmente, mas se sentia parte daquela história. É o tipo de coisa que faz a gente pensar — sobre vida, sobre morte, sobre o que realmente importa.
