Hipertermia: o que acontece com seu corpo quando o calor vira um perigo?
Hipertermia: o que o calor extremo faz com seu corpo

Imagine seu corpo como um motor superaquecido — quando o termômetro dispara, ele simplesmente não foi feito para aguentar tanta pressão. E não, não é frescura: em dias de calor extremo, até os mais resistentes podem virar vítimas da hipertermia.

O golpe de calor que ninguém vê chegar

Primeiro vem aquela sensação de cansaço absurdo, como se você tivesse corrido uma maratona sem sair do lugar. A pele fica vermelha e seca (sim, mesmo sem queimaduras), a cabeça lateja feito um tambor e — pasme — você pode parar de suar justamente quando mais precisa. O corpo simplesmente desiste de regular sua temperatura.

"Mas eu sempre lido bem com calor!", você pensa. Pois é, até o dia em que não lida. Quando a temperatura interna passa dos 40°C, órgãos vitais começam a funcionar no modo "apocalipse zumbi".

Os 5 estágios do inferno térmico

  1. Cãibras traiçoeiras: aquelas fisgadas musculares que parecem brincadeira, mas são o primeiro SOS do corpo
  2. Exaustão que derruba: tontura, náusea e uma fraqueza que faz subir escadas parecer alpinismo
  3. Confusão mental: começa com esquecer onde colocou as chaves e pode terminar sem reconhecer parentes
  4. Desmaio: quando o sistema cardiovascular joga a toalha
  5. Falência múltipla: rim, fígado e cérebro em pane (aqui já é emergência médica)

E olha que nem falamos dos idosos e crianças, cujos corpos são como termômetros sem escala — pioram rápido e sem aviso.

Manual de sobrevivência urbana

Se o ar condicionado é artigo de luxo, improvise: toalhas molhadas nas janelas, ventilador com garrafa de gelo na frente (funciona feito um climatizador caseiro) e — atenção! — nada de cervejinha gelada pra hidratar. Água, água e mais água, mesmo sem sede.

Ah, e esqueça aquela caminhada das 10h às 15h. Até os cariocas mais calejados recuam nesse horário. Prefira sombra, roupas claras e folgadas, e se vir alguém confuso sob o sol, ofereça ajuda — pode ser o início de uma hipertermia.

No fim das contas, o verão brasileiro tá mesmo pra pegar leve? Difícil. Mas conhecer esses sinais pode ser a diferença entre um mal-estar passageiro e uma internação indesejada. Fica a dica!