JBS Condenada: Família de Caminhoneiro Morto por Covid Receberá Indenização de R$ 200 Mil
JBS paga R$ 200 mil por morte de caminhoneiro na COVID

Eis uma daquelas histórias que deixam a gente pensando sobre o valor da vida — e sobre o preço que algumas empresas estão dispostas a pagar quando coisas dão errado. A JBS, essa gigante do setor de alimentos que todo mundo conhece, acaba de levar uma rasteira da Justiça. E não foi pouco.

O caso é triste, daqueles que doem na alma. Um motorista de caminhão, trabalhador como tantos outros, pegou COVID-19 enquanto cumpria suas funções. O cara estava na linha de frente, mantendo o país abastecido enquanto muita gente ficava em casa. E o que ele ganhou por isso? Acabou morrendo. Deixou família, sonhos, tudo.

Justiça Entra em Cena

Agora, pasmem: a Justiça do Trabalho de São Paulo — sim, aquela mesma que muita gente torce o nariz — deu um veredicto que vai fazer história. Determinou que a JBS tem que desembolsar R$ 200 mil para a família do trabalhador. Não é esmola, é reconhecimento de responsabilidade.

O juiz não usou meias-palavras na sentença. Basicamente disse que a empresa falhou feio — tipo, feio mesmo — em proteger seu funcionário durante a pandemia. Era como mandar soldado para guerra sem colete à prova de balas. E olha que a gente tá falando de 2020, quando o vírus estava assustando geral.

O Que Realmente Aconteceu?

Pois é, o detalhe que mais choca: o coitado do motorista pegou COVID justamente quando estava transportando produtos da JBS. Trabalhava para um prestador de serviços, mas a relação era tão próxima que a Justiça considerou a gigante como corresponsável.

E não venham me dizer que era "força maior" ou "caso fortuito" — o tribunal deixou claro que a empresa tinha obrigação de zelar pela segurança de todos que trabalhavam em sua cadeia produtiva. Ponto final.

Ah, e tem mais: a defesa da JBS tentou argumentar que o motorista não era funcionário direto. Sabe o que a Justiça respondeu? Que isso não cola. Quando você terceiza serviços, não terceiza responsabilidades. Parece óbvio, mas algumas empresas ainda insistem em não entender.

Um Marco Para Muitos Trabalhadores

Essa decisão — que já está valendo, por sinal — estabelece um precedente importantíssimo. Mostra que as empresas não podem se esconder atrás de contratos de terceirização para fugir de suas obrigações.

E pensar que ainda tem gente que acha que direitos trabalhistas são "mimimi". Quando é você ou alguém da sua família na berlinda, a história muda completamente, não é mesmo?

O valor da indenização — R$ 200 mil — pode até parecer pouco para alguns, mas representa um alívio para a família que perdeu seu provedor. E mais importante: manda um recado claro para o mercado.

No fim das contas, o que essa história toda nos ensina? Que nenhum lucro vale uma vida humana. Simples assim. E que a Justiça, ainda que devagar, eventualmente chega.