Prefeita de Aracaju acusa vice de traição política e rompe aliança em meio a crise na saúde
Prefeita de Aracaju rompe com vice por traição política

A prefeita de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), não poupou críticas ao seu vice, Pastor Jeferson Barros (PSDB), em entrevista concedida nesta terça-feira (4). A declaração "o vice escolheu a política dele" sintetiza o rompimento definitivo entre os dois, após Barros aceitar o cargo de secretário extraordinário de Articulação Política no governo estadual.

Ruptura Anunciada

Edvaldo Nogueira deixou claro que não foi surpreendida pela decisão do vice. "Eu já sabia que ele estava nessa articulação, então não foi uma surpresa", afirmou a prefeita, demonstrando que acompanhava as movimentações políticas do aliado.

A situação ganhou contornos dramáticos quando a prefeita revelou que o vice a procurou para comunicar a decisão apenas na última sexta-feira (1º), mesmo sabendo que ela já estava ciente dos bastidores. "Ele veio aqui me comunicar, mas eu já sabia", reforçou.

Fim da Aliança Partidária

Com a decisão do vice-prefeito, a aliança política que os unia chegou ao fim. Edvaldo foi enfática ao declarar: "A partir do momento em que ele assume um cargo no governo estadual, a nossa aliança partidária se desfaz".

A prefeita destacou que sempre manteve uma relação de respeito institucional com Barros, mas deixou claro que as lealdades políticas agora estão definidas: "Eu tenho o meu caminho, ele tem o caminho dele".

Contexto Político Delicado

A crise ocorre em um momento particularmente sensível para a administração municipal. A prefeita enfrenta fortes críticas pela situação da saúde pública em Aracaju, com fila única para cirurgias eletivas suspensa desde setembro e pacientes aguardando meses por procedimentos.

O rompimento com o vice-prefeito representa mais um desafio para Edvaldo Nogueira, que agora precisa administrar não apenas as crises na saúde, mas também a instabilidade política em sua própria base de apoio.

O que Esperar do Futuro?

Com a saída do vice para o governo estadual, surgem questões sobre como ficará o relacionamento entre a prefeitura e o governo do estado. A prefeita se limitou a dizer que cada um seguiu seu caminho, mas o episódio certamente afetará a dinâmica política na capital sergipana.

O desfecho dessa ruptura política promete influenciar não apenas os rumos da administração municipal, mas também as alianças partidárias em Sergipe para os próximos anos.