Os vereadores da Câmara Municipal de Boa Vista concluíram, na manhã desta terça-feira (23), uma votação histórica para as finanças da capital roraimense. Eles aprovaram, por unanimidade, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026, que estabelece um montante recorde de R$ 3.416.455.494,00 para o próximo ano.
Um orçamento em crescimento exponencial
O valor aprovado representa um salto significativo em relação ao ano anterior. O orçamento de 2026 será 19,48% maior que o de 2025, que foi de R$ 2,85 bilhões. Para se ter uma ideia da evolução, em 2014 a LOA aprovada foi de R$ 612,6 milhões. Isso significa que, em pouco mais de uma década, o orçamento da prefeitura da capital cresceu mais de cinco vezes.
A votação contou com a presença de todos os 23 parlamentares, que foram unânimes na decisão. O projeto havia sido enviado pelo então prefeito em exercício, Marcelo Zeitoune, em setembro de 2025, delineando as metas e prioridades da gestão municipal para o próximo ano.
Educação lidera os investimentos
A distribuição dos recursos deixa claro quais são as áreas prioritárias para a administração pública em 2026. A grande campeã de investimentos será a Educação, que deve receber sozinha a impressionante quantia de R$ 816,6 milhões. Este montante é a soma dos recursos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) com aqueles destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
Confira as cinco áreas com as maiores fatias do orçamento de 2026:
- Educação: R$ 816,6 milhões
- Urbanismo: R$ 593,6 milhões
- Saúde: R$ 495,0 milhões
- Administração: R$ 361,8 milhões
- Previdência Social: R$ 282,8 milhões
Do total aprovado de R$ 3,4 bilhões, aproximadamente R$ 2,5 bilhões estão alocados no Orçamento Fiscal, que abrange os Poderes Legislativo e Executivo. Outros R$ 908,8 milhões compõem o Orçamento da Seguridade Social.
De onde vêm e como serão geridos os recursos
Os recursos que financiarão este orçamento histórico têm origens diversas. A prefeitura contará com receitas correntes, como a arrecadação de tributos municipais (IPTU e ISS), transferências constitucionais da União e do Estado (como FPM e ICMS), além de convênios e operações de crédito autorizadas.
O texto da lei também traz uma flexibilidade importante para a gestão durante o ano. Ele autoriza o Poder Executivo a realizar a abertura de créditos suplementares de até 30% do total da despesa. Isso permitirá que a administração pública faça ajustes e remanejamentos de verbas conforme as necessidades que surgirem ao longo de 2026, garantindo maior agilidade na aplicação dos recursos.
A nova lei entrará em vigor no dia 2 de janeiro de 2026, marcando o início da execução do maior orçamento já planejado para a cidade de Boa Vista, com foco declarado em serviços essenciais para a população.