O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a sede da Polícia Federal em Brasília na manhã desta quinta-feira, 25 de abril, para ser internado no hospital DF Star. Ele vai passar por uma cirurgia para tratar um quadro de hérnia inguinal. A transferência foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou um esquema de segurança rigoroso para todo o período de internação.
Detalhes da Operação de Transferência
O transporte do ex-presidente da Superintendência da PF para o hospital foi realizado de forma discreta, conforme as determinações judiciais. Bolsonaro saiu da garagem do prédio da PF por volta das 9h30 e o trajeto até a unidade hospitalar durou cerca de cinco minutos. No DF Star, o acesso também foi feito pelo subsolo, evitando áreas comuns. Ele foi encaminhado para uma ala separada dos demais pacientes.
Medidas de Segurança Determinadas pelo STF
Na decisão que autorizou a internação, o ministro Alexandre de Moraes estabeleceu uma série de protocolos de segurança. A Polícia Federal ficou incumbida de garantir vigilância completa durante toda a estadia de Bolsonaro. As determinações incluem:
- Equipes de prontidão dentro e fora do hospital.
- Pelo menos dois policiais federais na porta do quarto do ex-presidente, 24 horas por dia.
- Proibição da entrada de computadores e celulares no quarto, exceto equipamentos médicos.
A previsão da equipe médica é que Bolsonaro permaneça internado para acompanhamento pós-operatório por um período de cinco a sete dias.
Contexto da Prisão e Autorização para Cirurgia
Jair Bolsonaro foi preso de forma preventiva no último sábado, 22 de abril. Dois dias depois, em 23 de abril, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a realização de dois procedimentos cirúrgicos solicitados pela defesa: a correção de duas hérnias inguinais e um bloqueio anestésico do nervo frênico, relacionado a crises de soluço. Após avaliação, apenas a cirurgia de hérnia será realizada agora; o outro procedimento ficará para uma data futura.
Laudos médicos apresentados pela defesa e uma perícia realizada pela PF a mando do STF atestaram a necessidade do atendimento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou favorável à realização dos procedimentos.
Quanto aos acompanhantes, Moraes autorizou que a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, fique com ele durante toda a internação. Visitas de outros familiares, como os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro, dependerão de autorização judicial prévia.
