Governador do Paraná se manifesta sobre caso
O governador do Paraná, Ratinho Junior, utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira, 22 de novembro de 2025, para se pronunciar sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O político, aliado do ex-mandatário, classificou a decisão judicial como uma demonstração de "insensibilidade do Poder Judiciário".
Argumentos sobre saúde de Bolsonaro
Em publicação na plataforma X, Ratinho Junior mencionou questões de saúde que, segundo ele, justificariam a manutenção da prisão domiciliar. "O ex-presidente Bolsonaro, que já cumpria pena domiciliar, foi preso mesmo tendo apresentado laudos que comprovam sua saúde em estado crítico", escreveu o governador.
O político ainda fez referência ao atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, afirmando que "todos sabem que a saúde do ex-presidente não é boa desde que ele foi vítima de uma facada".
Solidariedade e crítica institucional
Ratinho Junior demonstrou apoio direto ao ex-presidente e sua família, finalizando sua manifestação com as palavras: "Ao ex-presidente e aos seus familiares, minha solidariedade. Triste Brasil!" A declaração reforça o posicionamento crítico em relação à atuação do Judiciário no caso.
Contexto da prisão
A prisão de Jair Bolsonaro ocorreu na manhã de sábado, dia 22 de novembro de 2025, seguindo pedido da Polícia Federal. As justificativas apresentadas incluíam:
- Risco concreto de fuga do ex-presidente
- Necessidade de garantia da ordem pública
- Convocação de vigília por Flávio Bolsonaro
O episódio que precipitou a decisão foi a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro para a portaria do condomínio onde seu pai cumpria prisão domiciliar.
Fundamentação de Alexandre de Moraes
Na decisão que determinou a prisão, o ministro Alexandre de Moraes citou alerta do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal sobre violação do equipamento de monitoramento eletrônico.
Segundo o ministro, a possível ruptura da tornozeleira eletrônica teria ocorrido às 0h08min do dia 22 de novembro de 2025. Moraes afirmou que "a informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga".
O ministro também relacionou a situação à manifestação convocada pelo filho do ex-presidente, argumentando que a confusão causada pelo ato facilitaria uma eventual fuga.
Desfecho do caso
Após a decisão judicial, Jair Bolsonaro foi levado para a superintendência da Polícia Federal em Brasília. O caso continua gerando repercussão política e dividindo opiniões entre autoridades e na sociedade brasileira.
A manifestação de Ratinho Junior representa mais um capítulo no debate sobre os limites de atuação dos Poderes da República e o tratamento dado a figuras políticas em situações judiciais.