Flávio Dino defende arbitragem do Judiciário apenas em casos de 'curto-circuito' político
Dino: Judiciário deve intervir só em 'curto-circuito' político

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino defendeu, em discurso recente, que a arbitragem do Poder Judiciário na política deve ocorrer apenas quando houver um "curto-circuito" nas instâncias democráticas. A declaração reacende o debate sobre os limites da atuação do STF em questões políticas.

Segundo Dino, a intervenção judicial precisa ser "excepcional", atuando como um freio apenas em situações onde o sistema político apresenta falhas graves. "O Judiciário não pode substituir a política, mas deve garantir que ela funcione dentro dos parâmetros constitucionais", afirmou.

Contexto do debate

As declarações ocorrem em um momento de intensa discussão sobre o papel do STF, frequentemente criticado por supostamente invadir competências de outros Poderes. Dino, ex-ministro da Justiça, posiciona-se como defensor de uma atuação judicial mais contida.

Principais pontos da fala:

  • Judiciário como "última instância" para conflitos políticos
  • Necessidade de preservação da autonomia dos Poderes
  • Risco de judicialização excessiva da política

O ministro também destacou que decisões judiciais em matéria política devem ser "tecnicamente fundamentadas" e "proporcionais", evitando ativismo. A fala é interpretada como um recado tanto ao Congresso quanto aos próprios pares no STF.