O governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, anunciou na sexta-feira, 14 de novembro de 2025, uma redução nas tarifas de importação para diversos produtos, incluindo café, carne vermelha, tomate e banana. A medida tem como principal objetivo diminuir os preços para o consumidor americano e conter a inflação no país.
Redução geral, mas exceção para o Brasil
A decisão americana estabelece um corte de 10% nas chamadas tarifas recíprocas, um imposto que incide sobre as importações de todos os países que comercializam com os EUA. Essa baixa beneficia diretamente o Brasil e outras nações exportadoras. No entanto, para o agronegócio brasileiro, a comemoração é parcial.
Isso porque produtos específicos do Brasil, como o café, continuam sujeitos a uma sobretaxa adicional de 40%. Esta taxa extra foi imposta anteriormente e permanece em vigor, mesmo com a redução geral anunciada agora.
Negociações em andamento e alerta com fala de Trump
Enquanto isso, representantes dos dois países estão à mesa de negociações. Pelo lado brasileiro, o chanceler Mauro Vieira busca um entendimento com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para conseguir a eliminação ou redução desta sobretaxa que prejudica as exportações nacionais.
Um comentário feito pelo presidente Donald Trump, porém, acendeu um sinal de alerta no governo Lula. A bordo do Air Force One, após o anúncio da medida, Trump foi questionado sobre a possibilidade de novos cortes tarifários no futuro. A resposta do mandatário americano foi direta: “Eu não acho que será necessário. Nós acabamos de fazer um pequeno recuo com alguns produtos, como o café, por exemplo. Os preços do café estavam um pouco altos e agora estarão mais baixos muito em breve.”
O que significa para o Brasil
A fala de Trump indica que, na visão da administração americana, a medida tomada já é suficiente para ajustar os preços internos. Isso pode significar uma resistência maior nas tratativas para a retirada da sobretaxa de 40% que ainda pesa sobre o café e outros itens brasileiros.
O desfecho dessas negociações é crucial para setores importantes da economia brasileira, que dependem do acesso ao mercado americano em condições competitivas. A manutenção da taxa extra coloca o produto nacional em desvantagem frente a concorrentes de outros países.