Trump avança em política externa com China e Rússia em meio a volatilidade
Trump e relações com Putin e Xi Jinping em análise

A política externa do governo Trump continua sendo orientada por conveniência econômica e cálculo eleitoral, estabelecendo uma paz temporária com líderes como Vladimir Putin da Rússia e Xi Jinping da China. Esta abordagem estratégica vem gerando impactos significativos nos cenários geopolítico e econômico global.

Movimentos estratégicos de Trump

De acordo com análise exclusiva de Jason Vieira, da Lam, os recentes acenos tarifários de Washington em direção ao Brasil e outros países fazem parte de um quadro muito mais amplo - e favorável ao líder americano. Trump está conseguindo progressos graduais em várias frentes que considera prioritárias.

Entre essas conquistas estão a retomada de conversas mais produtivas com a China, a abertura para um acordo duradouro sobre a guerra na Ucrânia e a reversão de decisões no Congresso e no Judiciário americano que anteriormente bloqueavam sua agenda política.

Volatilidade permanente e humor do mercado

No entanto, esses avanços têm um custo significativo: uma volatilidade permanente que afeta os mercados globais. Como brincou o economista Jason Vieira, "cada fio branco dos analistas tem um pouco de Trump", ilustrando como a imprevisibilidade da administração atual influencia constantemente as análises econômicas.

A semana encurtada pelo feriado de Thanksgiving nos Estados Unidos também contribui para reduzir o volume de negócios e exagerar os humores do mercado, criando um ambiente particularmente sensível às movimentações políticas.

Retorno dos indicadores econômicos

Com o fim do shutdown governamental, os indicadores econômicos americanos voltam ao radar dos investidores, permitindo a retomada das estatísticas oficiais. O mercado se depara novamente com aquilo que mais teme: os dados concretos.

Desemprego, consumo, inflação, atividade econômica e sinalizações do Federal Reserve se tornam os principais drivers de preço no curto prazo. É o momento em que os números começam a contar mais do que a retórica política, como destacou Vieira em sua análise.

Enquanto isso, protestos internos nos Estados Unidos continuam a crescer, com manifestantes exigindo a saída de Trump diante do aumento do custo de vida, demonstrando que a aprovação doméstica permanece como um desafio significativo para a administração atual.