Alerta Militar sem Precedentes na Europa
Altos comandantes militares europeus emitiram alertas graves sobre a preparação da Rússia para um conflito que ultrapassa as fronteiras da Ucrânia. As declarações ocorrem enquanto o plano de paz de Donald Trump para a Ucrânia gera controvérsia internacional por suas concessões consideradas excessivas a Moscou.
Generais Soam o Alarme
O general Fabien Mandon, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, fez declarações impactantes na semana passada, alertando que a França corre risco se "não aceitar perder seus filhos". Em discurso a prefeitos, Mandon afirmou que a hipótese de conflito com a Rússia saiu dos planos de contingência e entrou no nível do quase inevitável.
Quase simultaneamente, o general Michael Claesson, comandante das Forças Armadas da Suécia, ecoou preocupações similares em entrevista ao Politico. Ele alertou que a Rússia de Vladimir Putin está disposta a testar o Artigo 5 da OTAN, que estabelece o princípio de defesa coletiva, potencialmente nos países Bálticos ou em outros pontos da Europa.
Guerra Híbrida em Andamento
O almirante Alan West, ex-comandante da Marinha britânica, sustenta que os primeiros estágios de uma guerra híbrida já estão em curso. Incidentes recentes incluem interferências eletrônicas em aeroportos civis, incursões aéreas na Polônia, operações de submarinos próximas ao território europeu e até uso de raios laser contra pilotos britânicos.
"É extraordinário que estejamos numa zona cinzenta de guerra no momento. Acho que estamos efetivamente em guerra com a Rússia", declarou West, que hoje integra a Câmara dos Lordes.
Risco Nuclear e Posição Europeia
O cenário mais temido pelos militares é a escalada para um conflito nuclear. A visão predominante é que a Rússia preferiria a extinção total após uma derrota rather que aceitar a perda, levando a uma destruição mútua garantida.
Esta perspectiva sombria fundamenta a rejeição europeia ao plano de paz de Trump, que propõe a entrega de 20% do território ucraniano ocupado, proibição de militares da OTAN na Ucrânia e redução de um terço do exército ucraniano. A posição coletiva europeia é que resistir agora é preferível a enfrentar uma Rússia fortalecida no futuro.
Enquanto Trump acredita que concessões econômicas e de segurança podem dissuadir o expansionismo russo, os militares europeus encaram a situação como um conflito já em andamento que exige preparação imediata. Como resume o princípio que guia a resposta europeia: "Eu sou você amanhã" - o que acontece com a Ucrânia hoje pode atingir o resto da Europa em breve.