O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução histórica que endossa partes significativas do plano do presidente americano Donald Trump para a Faixa de Gaza. A decisão, tomada em Nova York na segunda-feira, 17 de novembro de 2025, representa um marco nas tentativas de estabilizar a região devastada pelo conflito.
Votação e apoio internacional
A resolução foi aprovada por treze votos favoráveis, incluindo todos os membros permanentes e rotativos do Conselho, com exceção da China e Rússia, que optaram por se abster. O documento reconhece os avanços obtidos pelo plano Trump, que em outubro levou a um cessar-fogo instável no enclave palestino.
As reuniões ocorreram sob rigorosas medidas de segurança, com cortinas fechadas no reciente que fica às margens do Rio Hudson, refletindo a sensibilidade do tema em discussão. Diplomatas presentes celebraram o resultado como um possível "novo curso para o Oriente Médio".
Medidas propostas para Gaza
O texto aprovado estabelece medidas concretas para a estabilização da região, incluindo:
- Criação de uma força internacional de estabilização para garantir a segurança na Faixa de Gaza
- Formação de um comitê técnico composto por representantes locais
- Estabelecimento de um conselho de paz liderado pelo próprio Donald Trump
O documento também faz menção à solução dos dois Estados, um horizonte que, segundo analistas, parece cada vez mais distante dado o atual contexto político.
Realidade humanitária em Gaza
Enquanto diplomatas discutiam em Nova York, a população de Gaza continua enfrentando uma das piores crises humanitárias das últimas décadas. 70% do território foi reduzido a escombros, segundo relatos recentes, criando um cenário de destruição generalizada.
Os números são alarmantes: um em cada quatro habitantes sofre de fome aguda e o acesso à água potável é extremamente limitado. No vácuo de poder que se estabeleceu, a violência persiste com ações tanto do Hamas quanto do Exército israelense, resultando em mortes diárias.
Os habitantes, que peregrinam entre ruínas, demonstram pouco otimismo com as decisões tomadas a milhares de quilômetros de sua realidade. A esperança é que as palavras sensatas proferidas na ONU se transformem em ações práticas capazes de reconstruir tanto os prédios destruídos quanto as vidas afetadas pelo conflito.