Em uma significativa vitória diplomática, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva superou a pressão tarifária imposta por Donald Trump, segundo análise publicada pela colunista Gillian Tett no prestigiado jornal britânico Financial Times.
Disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos
O artigo de opinião, publicado nesta sexta-feira, 28 de novembro de 2025, destacou que a remoção da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros representa uma conquista importante para o governo brasileiro frente às táticas de intimidação do republicano.
A Casa Branca havia imposto as tarifas adicionais em agosto, elevando para 50% a carga tributária sobre mais de 200 exportações brasileiras, incluindo frutas, carne bovina e café. A medida foi interpretada como uma retaliação às investigações judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e às decisões do Supremo Tribunal Federal sobre as big techs.
Reação brasileira ao bullying tarifário
Segundo a análise de Gillian Tett, mesmo diante do comportamento agressivo de Trump, Lula reagiu desafiadoramente ao bullying e manteve sua posição em defesa do STF, que prosseguiu com o processo e condenou Bolsonaro.
A colunista utiliza uma ironia em sua abertura: "Como se diz TACO em português? É uma pergunta que alguns brasileiros podem fazer agora, com um sorriso". A sigla TACO significa "Trump Always Chickens Out" (Trump sempre amarela), referindo-se à tendência do político americano em recuar após promover medidas agressivas.
Vitória diplomática e fortalecimento político
A posição firme do presidente brasileiro não apenas resultou na revogação das tarifas, mas também fortaleceu sua imagem internamente. Com a reversão das sobretaxas adicionais, o Palácio do Planalto comemora um cenário claro de vitória.
Na semana passada, Trump declarou oficialmente que "certas importações agrícolas do Brasil não devem mais estar sujeitas à sobretaxa adicional (40%)". Em termos claros, como define a colunista: "Lula venceu".
Esta vitória nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos ocorre em um momento delicado da política internacional e representa um significativo avanço diplomático para o governo brasileiro, que conseguiu reverter uma medida que afetava diretamente importantes setores da economia nacional.