Nesta segunda-feira, 2 de dezembro de 2025, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump mantiveram um contato telefônico para tratar de assuntos de interesse mútuo entre Brasil e Estados Unidos.
Diálogo produtivo sobre temas estratégicos
De acordo com informações divulgadas pelo governo brasileiro, a conversa entre os dois líderes durou 40 minutos e foi classificada como muito produtiva. Os principais temas abordados foram a agenda comercial e econômica, além da cooperação no combate ao crime organizado transnacional.
O presidente Lula demonstrou satisfação com uma decisão recente dos Estados Unidos. A retirada de uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, como carne bovina, café e frutas, foi vista como um passo positivo. No entanto, o mandatário brasileiro ressaltou que ainda existem outros itens com tarifas que precisam ser discutidos, e que o Brasil deseja avançar rapidamente nessas negociações.
Cooperação internacional contra o crime
Outro ponto de destaque na ligação foi a urgência em reforçar a cooperação bilateral para enfrentar o crime organizado internacional. Lula destacou as operações recentes realizadas pelo governo federal com o objetivo de asfixiar financeiramente essas organizações.
Durante a conversa, o presidente brasileiro identificou ramificações criminosas que operam a partir do exterior, sublinhando a necessidade de uma ação conjunta. Em resposta, o presidente Donald Trump manifestou total disposição para trabalhar em conjunto com o Brasil e garantiu que dará todo o apoio necessário a iniciativas comuns entre os dois países para combater essas organizações.
Ambos os presidentes concordaram em voltar a conversar em breve para acompanhar o andamento dessas iniciativas de cooperação.
Contexto político brasileiro
O telefonema ocorre em um momento específico da política nacional. Uma pesquisa realizada pelo instituto Atlas, em parceria com a Bloomberg, entre os dias 22 e 27 de novembro, ouviu 5.510 pessoas em todo o território nacional através de recrutamento digital aleatório.
O estudo, que tem margem de erro de um ponto percentual e nível de confiança de 95%, indicou que, apesar de um recuo nas intenções de voto, o presidente Lula ainda venceria todos os adversários em um eventual segundo turno.