
Numa jogada que pegou muitos de surpresa, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um corte de nada menos que US$ 9 bilhões no orçamento destinado à ajuda externa. A decisão, que veio após semanas de debates acalorados, promete sacudir as relações internacionais — e o Brasil pode sentir o baque.
Não foi fácil chegar a esse número. Os democratas queriam reduzir menos, os republicanos pressionavam por cortes ainda maiores. No final, ficou no meio-termo: uma tesourada de quase 10% no total. "É como tirar o tapete de países que já estão cambaleando", comentou um analista, pedindo anonimato.
Onde o dinheiro vai faltar?
Os programas mais afetados incluem:
- Ajuda humanitária em zonas de conflito
- Projetos de desenvolvimento sustentável
- Combate a doenças endêmicas
- Educação em países pobres
Curiosamente, a verba para ajuda militar — essa sim — aumentou. Coincidência? Difícil dizer. O que sabemos é que várias ONGs já estão em pé de guerra, prometendo "lutar até o último centavo".
E o Brasil nessa história?
Aqui a coisa fica interessante. Embora não sejamos os maiores beneficiários, vários projetos ambientais na Amazônia recebem financiamento americano. Sem falar em parcerias científicas e educacionais que podem minguar.
"É um tiro no pé", dispara Maria Silva, especialista em relações internacionais. "Os EUA cortam verba para combater desmatamento, mas depois reclamam quando a floresta pega fogo. Não dá pra entender."
Por outro lado, tem quem diga que é "hora de crescer". "Dependência nunca foi bom negócio", argumenta o economista João Costa. "Talvez isso force o Brasil a buscar alternativas mais sustentáveis."
Enquanto isso, no Planalto, o silêncio é ensurdecedor. Nenhum pronunciamento oficial até agora — só aquele clima de "vamos ver no que dá".