Estátua de Stalin reaparece no metrô de Moscou: entenda a polêmica histórica
Estátua de Stalin volta ao metrô de Moscou

O metrô de Moscou, conhecido por sua arquitetura imponente e decoração histórica, ganhou um novo elemento que está gerando controvérsia: uma estátua de Josef Stalin. A obra foi instalada em uma das estações mais movimentadas da capital russa, reacendendo discussões sobre a memória do líder soviético.

O retorno de uma figura controversa

Stalin, que governou a União Soviética com mão de ferro entre 1924 e 1953, é uma figura que divide opiniões. Enquanto alguns o veem como o líder que venceu a Segunda Guerra Mundial, outros lembram dos expurgos, gulags e milhões de vítimas de seu regime.

A nova estátua, esculpida em bronze, mostra Stalin em trajes militares, em uma pose que remete à iconografia soviética clássica. A obra foi colocada na estação Kurskaya, que já abrigou uma imagem similar do líder até ser removida durante o processo de desestalinização nos anos 1960.

Por que agora?

Especialistas apontam vários motivos para esse retorno simbólico:

  • Nostalgia soviética: Parte da população russa, especialmente os mais velhos, ainda vê o período stalinista como uma era de grandeza nacional.
  • Política de memória: O governo atual tem reavaliado figuras históricas, buscando elementos que reforcem a ideia de uma Rússia forte e independente.
  • Turismo histórico: O metrô de Moscou é uma atração turística, e a estátua pode ser vista como forma de chamar atenção para a história do país.

Reações divididas

A instalação da estátua não passou despercebida. Enquanto alguns moradores de Moscou aprovaram a homenagem, organizações de direitos humanos e historiadores criticaram a medida, argumentando que glorifica um período sombrio da história russa.

O debate sobre como lidar com o legado de Stalin continua acalorado, refletindo as complexidades da memória histórica na Rússia contemporânea.