
O clima entre Brasil e Estados Unidos aqueceu de forma preocupante nesta segunda-feira (15). O Itamaraty não economizou palavras para rebater o que chamou de "intromissão descarada" de Washington em assuntos internos brasileiros. E olha que o tom foi mesmo pesado — coisa de deixar qualquer diplomata com os cabelos em pé.
Segundo fontes próximas ao governo, a gota d'água foi uma declaração recente do Departamento de Estado norte-americano questionando políticas ambientais e de direitos humanos no Brasil. "Inaceitável", resumiu um assessor presidencial, que preferiu não se identificar. "É como se um parente distante quisesse dar palpite na sua educação familiar."
O que exatamente irritou o Brasil?
Detalhes são sempre importantes nesses casos. Dizem por aí que os americanos teriam feito críticas veladas ao desmatamento na Amazônia e à situação dos povos indígenas. Coisa que, convenhamos, não é exatamente novidade — mas parece que desta vez o governo federal decidiu que não ia engolir sapo.
Numa nota oficial carregada de ironia fina (aquela que só diplomatas experientes sabem dosar), o Itamaraty afirmou que "o Brasil não precisa de lições de democracia ou desenvolvimento sustentável". E arrematou com um tiro certeiro: "Cada país tem seus desafios internos, e respeitar a soberania alheia é base das relações entre nações".
Repercussão internacional
Analistas políticos já começam a especular sobre possíveis impactos nas relações bilaterais. Alguns lembram que, embora a retórica seja forte, os dois países têm interesses econômicos profundamente entrelaçados — o que costuma ser um freio para crises mais sérias.
Mas há quem discorde. "Quando a soberania está em jogo, até o comércio pode ficar em segundo plano", opina um professor de relações internacionais da USP, que pediu para não ser identificado. Ele lembra que o governo atual tem sido particularmente sensível a qualquer crítica externa, especialmente vinda de potências ocidentais.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização é visível. De um lado, apoiadores do governo comemoram a "postura firme". Do outro, opositores ironizam: "Só são nacionalistas quando convém".
Uma coisa é certa: esse não será o último capítulo dessa novela diplomática. Fiquemos atentos.