
O Palácio do Planalto está com os nervos à flor da pele. Nesta segunda-feira (14), o governo decidiu apertar o passo na tentativa de conter o aumento generalizado de tarifas — aquele que todo mundo já está chamando de "tarifaço" pelas redes. E a estratégia? Chamar os grandes empresários para uma conversa franca, do tipo "ou a gente se entende ou o barco afunda".
Segundo fontes que acompanham o assunto de perto — e que preferiram não ter os nomes divulgados —, a reunião foi marcada às pressas depois que alguns setores da economia começaram a sinalizar aumentos que poderiam dar um nó no bolso do consumidor. E olha que não é pouco: energia, transporte, comunicação... Tudo na fila para ficar mais caro.
O jogo de xadrez político
O que muita gente não percebe é que essa movimentação tem cheiro de jogo de poder. De um lado, o governo tentando segurar a onda de insatisfação popular antes que vire tsunami. Do outro, empresários pressionados pelos custos que não param de subir — inflação tá aí pra provar.
"É uma sinuca de bico", confessa um assessor do Planalto, em off. "Ou a gente negocia agora, ou teremos que apagar incêndio no meio do ano, quando as contas chegarem para o trabalhador."
Os números que assustam
- Previsão de aumento na conta de luz: até 8%
- Transporte urbano: alguns estados já falam em 12%
- Telefonia e internet: reajustes acumulados podem passar de 15%
Não é à toa que o clima nos corredores do poder está mais tenso que final de campeonato. Os empresários, claro, alegam que os reajustes são inevitáveis — matéria-prima cara, dólar nas alturas, cadeias globais desorganizadas. Mas será que não tem um meio-termo?
A carta na manga do governo
O que pouca gente sabe é que o Planalto está preparando algumas medidas de "alívio temporário" — como se fossem analgésicos para uma dor crônica. Detalhes? Ainda nebulosos. Mas o papo é que podem incluir desde redução de tributos até linhas de crédito especiais.
"Tem que ser algo que não estoure o teto de gastos, mas que também não deixe o povo na mão", resmunga um técnico do Ministério da Economia, enquanto ajusta os óculos com ar de quem já viu esse filme antes.
Enquanto isso, nas redes sociais, a população já começa a sentir o caldo engrossar. Memes sobre "aposentadoria só para pagar contas" pipocam, e o humor — sempre ácido — reflete o desânimo geral. Será que dessa vez o diálogo entre governo e iniciativa privada vai evitar o pior? Ou estamos diante de mais um capítulo da velha novela "quem paga a conta"?