
Os números não mentem — e dessa vez, eles pintam um retrato fascinante da popularidade do presidente Lula. A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta (16), revela um verdadeiro mosaico de percepções que varia como o clima no Brasil: imprevisível e cheio de contrastes.
Quer um exemplo? Enquanto no Nordeste o chefe do Executivo recebe aplausos de 58% dos entrevistados, no Sul esse número despenca para meros 32%. Parece até que estamos falando de países diferentes, não acha?
O que divide o Brasil?
Os dados — coletados entre 10 e 13 de julho com 2.000 pessoas em 120 municípios — mostram que:
- Mulheres aprovam mais (49%) do que homens (43%)
- Entre os jovens de 16 a 24 anos, a reprovação chega a 46%
- Nas classes A e B, 56% desaprovam a gestão
E olha só essa curiosidade: entre evangélicos, a reprovação é 10 pontos percentuais maior do que na média nacional. Algo para refletir, especialmente em ano de eleições municipais.
O fator econômico pesa — mas não como imaginamos
Quem diria? Apesar dos indicadores econômicos melhorarem no papel, parece que o bolso do brasileiro ainda não sentiu o alívio prometido. Entre os que ganham até 2 salários mínimos, a aprovação chega a 55%. Já nos lares com renda acima de 5 salários, cai para 37%.
"É como se existissem dois Brasis convivendo no mesmo território", comentou um analista político que preferiu não se identificar. E de fato, os números confirmam essa impressão.
E no seu círculo, como está o humor?
Se tem uma coisa que a pesquisa deixa clara é que o governo Lula continua polarizando — e muito. Enquanto uns comemoram o retorno de políticas sociais, outros torcem o nariz para o que chamam de "gestão antiquada".
No final das contas, esses dados são um termômetro valioso para entender os ventos que sopram na política nacional. Resta saber se o Palácio do Planalto conseguirá mudar essa narrativa nos próximos meses.