Mauro Vieira desanca tarifa dos EUA contra o Brasil: 'Medida sem pé nem cabeça'
Mauro Vieira critica tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, não economizou palavras ao criticar a nova tarifa imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. "É uma medida indefensável", disparou, com aquele tom de quem já cansou de explicar o óbvio. Segundo ele, a decisão norte-americana não tem justificativa econômica — e pior: pode jogar anos de parceria comercial no lixo.

Numa sala cheia de repórteres, o chanceler brasileiro parecia mais um professor diante de alunos desatentos. "Não é a primeira vez que isso acontece", lembrou, com um suspiro que misturava cansaço e frustração. "Mas dessa vez ultrapassou todos os limites."

O que está em jogo?

Os números falam por si só: só no último ano, o comércio entre Brasil e EUA movimentou mais de US$ 70 bilhões. Agora, setores como o de aço e alumínio podem levar uma rasteira — e feia. "É um tiro no pé", resumiu Vieira, enquanto ajustava os óculos com gesto típico de quem está prestes a dar uma notícia ruim.

E não para por aí. Especialistas ouvidos pelo ministério alertam que a medida pode:

  • Reduzir em até 15% as exportações brasileiras
  • Prejudicar pequenos e médios produtores
  • Criar um efeito dominó em outros setores

"Tem gente que vai sentir no bolso", admitiu o ministro, com aquela franqueza que às vezes falta em Brasília.

E agora, José?

Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, o clima é de "alerta máximo". Fontes próximas ao ministro revelam que a equipe já prepara contra-ataques — alguns podem até surpreender. "Não vamos ficar de braços cruzados", prometeu Vieira, com aquele jeito meio paulista de quem não leva desaforo para casa.

Mas calma lá! Antes que alguém pense em guerra comercial, o ministro foi rápido em acender a luz amarela: "O diálogo continua sendo nossa prioridade". Só que, pelo jeito, agora vai ter que ser diálogo de surdo — e com tradução simultânea para o economês.

Enquanto os técnicos se debruçam sobre gráficos e planilhas, uma pergunta fica no ar: será que Washington realmente mediu as consequências dessa jogada? Pelos cálculos do Itamaraty, a conta não fecha — e o prejuízo pode ser bilateral. "Até eles vão sentir", garantiu um assessor, enquanto tomava seu terceiro café do dia.