
Eis que o governo brasileiro resolveu botar a mão na massa — ou melhor, no relatório. Nesta quarta, o presidente Lula anunciou a criação de um comitê especial para lidar com aquele pepino das tarifas impostas por Donald Trump. E olha só: a turma do setor privado vai ter assento cativo nessa roda de conversa.
Não é de hoje que essa história de sobretaxas dá dor de cabeça. Desde que o ex-presidente americano resolveu apertar o parafuso nas importações, o Brasil sente o baque — especialmente em setores como aço e agricultura. Mas agora, parece que o Planalto acordou com a corda toda.
Quem manda no pedaço?
O tal comitê vai ser uma salada mista de ministérios. Tem gente da Economia, Relações Exteriores, Agricultura... Até a Casa Civil botou o bedelho. E o melhor? Os empresários não vão ficar só na plateia. Vão poder falar — e reclamar — à vontade.
"Não adianta ficar chorando as pitangas", disse um assessor presidencial que preferiu não se identificar. "Temos que entender onde dói mais e buscar saídas criativas."
E agora, José?
Primeira reunião já está marcada para a próxima semana. Na pauta:
- Mapear os setores mais afetados
- Calcular os prejuízos reais
- Rascunhar possíveis retaliações (sim, essa palavra assustadora)
Curiosamente, o timing não poderia ser melhor — ou pior, dependendo do ponto de vista. Com as eleições americanas se aproximando, qualquer decisão do governo Biden sobre as tarifas pode virar moeda de troca política. E o Brasil? Bem, fica no meio do fogo cruzado.
"É como jogar xadrez com peças de dominó", brincou um economista ouvido pela reportagem. "Cada movimento pode derrubar uma cadeia inteira de consequências."
Enquanto isso, nos bastidores, os empresários já começam a afiar os argumentos. Uns falam em perdas milionárias. Outros, em oportunidades disfarçadas. Mas todos concordam em uma coisa: está na hora de parar de levar tabefe e começar a revidar — com inteligência, claro.