
Os ventos da discórdia sopram mais uma vez entre Brasil e Estados Unidos. Dessa vez, o motivo é uma acusação que pode abalar as relações comerciais entre os dois países. Segundo fontes próximas ao governo americano, o Brasil estaria praticando uma espécie de "protecionismo disfarçado" em licitações públicas — e isso, claro, não passou batido.
O cerne da questão
O que os EUA estão alegando, exatamente? Bom, parece que algumas empresas brasileiras estariam recebendo tratamento VIP em processos de compras governamentais, enquanto as concorrentes estrangeiras ficam com as migalhas. "É como chegar num jogo de pôquer e descobrir que as cartas estão marcadas", comentou um analista que preferiu não se identificar.
Detalhes do relatório americano:
- Preferência por fornecedores nacionais em editais públicos
- Exigências técnicas "sob medida" para empresas locais
- Prazos curtos demais para participação de companhias internacionais
E agora, José?
O governo brasileiro — que sempre nega essas acusações com unhas e dentes — já começou a se preparar para o contra-ataque. Fontes do Itamaraty sugerem que a resposta pode vir em forma de dados concretos mostrando que, na verdade, as empresas americanas continuam faturando alto por aqui.
Mas será que isso é suficiente? Alguns especialistas em comércio exterior estão coçando a cabeça. "Quando os EUA decidem apertar o cerco, geralmente têm cartas na manga", pondera a professora de relações internacionais Marina Lopes, da USP. "Pode ser só o começo de uma tempestade comercial."
Enquanto isso, no setor privado, o clima é de apreensão. Empresários que dependem de importações já estão fazendo as contas para ver como ficariam no caso de retaliações. "É aquele velho ditado: quando os elefantes brigam, a grama é que sofre", filosofa um executivo do setor de tecnologia.