Pesquisa Eleitoral em SP: Nunes e Haddad Lideram Disputa pelo Palácio dos Bandeirantes
Pesquisa SP: Nunes e Haddad lideram disputa pelo governo

O cenário político paulista começa a desenhar seus contornos para 2026, e os números mais recentes trazem revelações que vão deixar muita gente com os nervos à flor da pele. A verdade é que a disputa pelo comando do Palácio dos Bandeirantes promete ser daquelas que aquecem os debates de boteco e dominam as manchetes pelos próximos meses.

Segundo o último levantamento do Paraná Pesquisas, realizado entre 30 de setembro e 2 de outubro com 1.830 eleitores — porque em pesquisa eleitoral, cada detalhe metodológico importa —, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) aparece na dianteira das intenções de voto. O atual gestor da capital paulista registra 28,6% das preferências, um número que certamente anima sua campanha, mas que ainda está longe de ser definitivo.

Haddad não dá trégua

Bem colado no prefeito vem Fernando Haddad (PT), com 25,9%. O ex-prefeito mostra que mantém uma base sólida no estado — quem diria que o petista continuaria tão forte por essas bandas, não é mesmo? A diferença entre os dois é de apenas 2,7 pontos percentuais, o que significa basicamente que estamos diante de um empate técnico. E em política, empate técnico é sinônimo de guerra declarada.

Os outros possíveis concorrentes aparecem bem atrás, mas não devem ser subestimados. Tarcísio de Freitas (Republicanos) conta com 9,9%, enquanto Márcio França (PSB) tem 7,4%. O detalhe curioso aqui é que 19,3% dos entrevistados simplesmente não sabem em quem votariam ou preferiram não responder — esse eleitorado indeciso será, sem dúvida, o grande prêmio dessa disputa.

E no segundo turno?

Agora é onde a coisa fica realmente interessante. Nas simulações para o segundo turno — porque vamos combinar, dificilmente alguém levará no primeiro —, os cenários mostram batalhas acirradíssimas.

Num hipotético duelo entre Nunes e Haddad, o prefeito leva ligeira vantagem: 40,3% contra 37,4%. Mas atenção: os votos brancos e nulos somam 13,1%, e outros 9,2% simplesmente não se decidem. Ou seja, essa eleição está completamente em aberto.

Se a disputa fosse entre Haddad e Tarcísio, o petista venceria por 41,1% a 34,2%. Já num confronto Nunes contra França, o atual prefeito levaria a melhor com 41,8% contra 31,8%.

O que esses números realmente significam?

Para além dos percentuais — que, convenhamos, mudam mais rápido que o humor de torcedor em clássico —, algumas conclusões saltam aos olhos. Primeiro: São Paulo está dividido, mas não igualmente. A polarização existe, mas com matizes próprias.

Segundo: a rejeição é um fator crucial nessa equação. Haddad lidera esse ranking nada desejável com 40,5%, seguido por Nunes com 35,1% e Tarcísio com 33,2%. França aparece com a menor taxa: 25,9%. Esses números explicam muito sobre os potenciais de crescimento de cada candidato.

E a margem de erro? Fica em 2,3 pontos percentuais, para mais ou para menos, com confiança de 95%. Em outras palavras: tudo pode mudar, e provavelmente mudará.

O que me faz pensar: em política, um ano é uma eternidade. Esses números de hoje são como fotografia de um trem em movimento — quando você revela a imagem, o panorama já é outro. Mas uma coisa é certa: São Paulo terá uma das eleições mais emocionantes — e imprevisíveis — de 2026.