
O governo russo anunciou nesta quinta-feira (30) que aguarda uma resposta oficial da Ucrânia para retomar as negociações de paz, interrompidas desde o ano passado. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou está "pronta para o diálogo", mas destacou que a decisão agora está nas mãos de Kiev.
O impasse nas negociações
As conversas entre os dois países foram suspensas em 2022, após meses de tentativas fracassadas de alcançar um acordo. Desde então, o conflito se intensificou, com avanços e recuos em diferentes frentes de batalha.
Analistas internacionais destacam que a disposição russa em voltar à mesa de negociações pode ser um sinal de mudança de estratégia, mas alertam que as exigências de ambos os lados continuam distantes.
O que a Rússia quer?
- Reconhecimento da anexação de territórios ucranianos
- Garantias de neutralidade militar da Ucrânia
- Fim das sanções econômicas ocidentais
As demandas da Ucrânia
- Retirada total das tropas russas
- Restauração das fronteiras pré-2014
- Compensações pelos danos causados
Reações internacionais
Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos. A OTAN reiterou seu apoio à Ucrânia, enquanto alguns países emergentes pressionam por uma solução diplomática.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que "todas as partes demonstrem flexibilidade" para evitar mais sofrimento da população civil.
Especialistas acreditam que as próximas semanas serão decisivas para o futuro do conflito, que já completa mais de três anos com milhares de vítimas e milhões de deslocados.