
O que anda pipocando nos grupos de WhatsApp e redes sociais sobre um suposto surto de intoxicação por metanol em bebidas no Rio? Pura invencionice. A coisa toda não passa de um daqueles boatos que pegam carona no medo das pessoas.
E olha que o susto foi grande. Mensagens dramáticas, daquelas que mandam a gente repassar para todos os contatos, começaram a circular feito rastro de pólvora. Alertavam sobre cocktails e drinks contaminados – um verdadeiro pesadelo para quem gosta de curtir uma noite na cidade.
A Verdade dos Fatos
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio foi categórica: zero registros de casos do tipo. Nada mesmo. A Coordenação de Vigilância Sanitária, que é quem ficaria sabendo de qualquer ocorrência do gênero, também confirmou que está tudo tranquilo. Aquele silêncio que, nesse caso, é de ouro.
É aquela história – quando a poeira baixa, a gente vê que era só vento. Mas, convenhamos, o estrago emocional já estava feito.
E o Metanol, Afinal?
Agora, não vamos brincar que metanol é coisa séria. Muito sério. Diferente do etanol – aquele das nossas bebidas alcoólicas comuns –, essa substância é tóxica pra valer. Uma dosezinha já basta para causar estragos irreversíveis.
Os sintomas? Vão desde uma simples tontura até coisas bem mais graves: vômitos incontroláveis, aquela dor de cabeça que não passa, visão embaçada – e, nos casos extremos, pode levar ao coma ou coisa pior. Um perigo real, mas que, repito, não está acontecendo por aqui.
Por Que Esses Boatos Pegam?
Parece que todo mês surge um novo terror nas redes. Esse do metanol é só mais um da lista. Especialistas que estudam como as fake news se espalham explicam que informações assim exploram nossos medos mais básicos – medo do que comemos, do que bebemos, do que pode nos adoecer sem aviso.
E no Rio, com sua vida noturna tão pulsante, o assunto encontrou terreno fértil. Quem nunca compartilhou uma mensagem alarmante sem checar direito, só por precaução?
E Se Acontecer de Verdade?
Imagina a cena: você ou alguém próximo começa a passar mal depois de consumir uma bebida alcoólica. Os sintomas batem com os que descrevi – visão turva, náuseas fortíssimas. O que fazer?
- Corra para o serviço de saúde mais próximo. Não espere melhorar em casa.
- Leve a bebida consumida, se possível. Pode ser crucial para identificar a contaminação.
- Informe tudo: onde comprou, que marca era, lote – cada detalhe ajuda.
As autoridades têm protocolos específicos para esses casos, mesmo que felizmente não precise acioná-los agora.
Fiscalização em Ação
Enquanto isso, a Vigilância Sanitária segue de olho aberto. Eles monitoram bares, restaurantes e pontos de venda – e qualquer estabelecimento que resolver enfeitar o produto com ingredientes perigosos se encrenca feio. Multas pesadas, interdição, processo criminal – o pacote completo.
O sistema de saúde também está preparado. Hospitais e UPBs sabem identificar e tratar rapidamente uma intoxicação por metanol, ainda que – e é importante reforçar – não tenham registrado casos.
No fim das contas, a lição que fica é clara: na dúvida, cheque a informação. Desconfie daquelas mensagens que pedem para repassar urgentemente. Consulte fontes oficiais antes de espalhar o pânico. Porque, no Rio de Janeiro pelo menos, dá para tomar seu drink sossegado.