As forças militares dos Estados Unidos executaram um novo ataque contra uma embarcação no Oceano Pacífico nesta segunda-feira, 22 de janeiro. A ação, autorizada pelo secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, resultou na morte de um homem identificado como narcoterrorista.
Detalhes da Operação Militar
Segundo o Comando Sul dos Estados Unidos, órgão responsável pelas operações militares na América Latina e no Caribe, a embarcação foi alvejada enquanto navegava por rotas conhecidas de narcotráfico na região leste do Oceano Pacífico. Informações de inteligência indicavam que o barco estava envolvido em operações de tráfico de drogas.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, o comando militar confirmou que um homem morreu durante a ação. Nenhum militar americano ficou ferido. A nota oficial descreveu a embarcação como sendo operada "por organizações terroristas", enquadrando a ação no combate ao narcoterrorismo.
Cenário de Tensão com a Venezuela
Este ataque ocorre em um momento de crescente pressão do governo do ex-presidente Donald Trump sobre a Venezuela. A estratégia tem como objetivo forçar a renúncia do presidente Nicolás Maduro.
Na terça-feira, 16 de janeiro, Trump afirmou em uma rede social que a Venezuela estava "completamente cercada" e que petroleiros alvo de sanções seriam bloqueados. Na prática, isso impede que essas embarcações atracassem ou zarpassem de portos venezuelanos.
As medidas já produzem efeitos concretos. No domingo, 21 de janeiro, agências de notícias como Bloomberg e Reuters informaram que os Estados Unidos interceptaram um terceiro navio petroleiro próximo à costa da Venezuela.
Consequências para o Setor Petrolífero Venezuelano
A intercepção sistemática de petroleiros está criando uma crise logística para o país. De acordo com a agência Bloomberg, a Venezuela está ficando sem espaço para armazenar petróleo.
O problema de armazenamento começou a se agravar depois que os Estados Unidos interceptaram e apreenderam um navio petroleiro em 10 de dezembro. Após essa operação, vários outros navios deixaram de sair do país, temendo ações semelhantes por parte dos exportadores.
As ações militares no Pacífico e o cerco marítimo à Venezuela ilustram uma estratégia de pressão multifrontal adotada pelos Estados Unidos, combinando operações diretas contra o narcotráfico com sanções econômicas severas contra governos considerados adversários.