
Não é novidade que as redes sociais viraram o pão nosso de cada dia — mas quando o assunto são crianças, a coisa fica séria. E olha que o ministro da Educação, Camilo Santana, não veio com meias palavras: "Precisamos ter regras e leis", disparou durante evento em Brasília nesta quarta (14).
Parece exagero? Dá uma olhada nos números:
- Menores de 13 anos passam em média 3 horas por dia rolando feeds
- Casos de ansiedade infantil dobraram na última década
- 57% dos pais admitem não supervisionar o que os filhos consomem online
O lado sombrio do like
"Tá todo mundo preocupado com IA, mas esquece que tem criança desenvolvendo depressão por causa de algoritmo", criticou Santana, com aquele tom de quem já viu muita coisa. E não é pra menos — os relatos de escolas mostram um cenário assustador:
Crianças de 9 anos com crises de autoimagem, pré-adolescentes viciados em validação digital, turmas inteiras reproduzindo desafios perigosos. "Isso aqui tá virando terra sem lei", comparou o ministro, fazendo analogia ao faroeste digital.
Na contramão do mundo
Enquanto países como França e Reino Unido avançam em leis de proteção digital infantil, o Brasil ainda patina na discussão. Santana foi claro: "Não dá pra ficar esperando a boiada passar". A proposta? Um marco regulatório específico que:
- Estabeleça idade mínima real (não aquela furada de "só clicar que tem 18")
- Exija verificação parental rigorosa
- Impõe limites de tempo de uso
- Crie selos de qualidade para conteúdos infantis
Mas e aí, vai pegar? A indústria tech já mostra as garras — dizem que regulamentação "engessa a inovação". Santana rebate: "Inovação sem responsabilidade é só irresponsabilidade mesmo". E você, de que lado fica nessa briga?