TRF5 Garante Vaga em Medicina da UFPE Caruaru: Vitória para o Pronera e Educação do Campo
TRF5 libera seleção para Medicina da UFPE Caruaru

E aí, pessoal! Que notícia daquelas que a gente fica até emocionado de contar. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) acabou de dar um veredito que vai mudar vidas - e olha que não é exagero meu.

Pois é, a Justiça Federal manteve a validade do processo seletivo especial para o curso de Medicina da UFPE no campus de Caruaru. E não é qualquer turma, não! Trata-se daquelas vagas destinadas especificamente ao Pronera - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.

O que estava em jogo?

A coisa tava feia, hein? Tinha um recurso rolando tentando barrar a seleção. Mas os desembargadores foram unânimes: mantiveram a validade do edital. Uma vitória e tanto para a educação pública brasileira, se me permitem dizer.

O curioso é que essa já é a segunda vez que o TRF5 se pronuncia sobre o caso. Em agosto, eles já haviam suspendido uma liminar anterior que impedia a realização das provas. Agora, confirmaram a posição - e com força total.

Para quem são essas vagas?

Olha só que importante: são 35 vagas exclusivas para estudantes de origem quilombola ou de assentamentos da reforma agrária. Gente que, convenhamos, tem dificuldades enormes para acessar o ensino superior, especialmente em cursos concorridos como Medicina.

O programa é uma parceria da UFPE com o Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. A ideia é simples, mas brilhante: formar médicos que entendam as necessidades das populações do campo e possam atuar nessas comunidades.

O que dizem os ministérios?

O Ministério da Educação e o Ministério dos Povos Originários entraram no páreo defendendo a legalidade do processo. Eles argumentaram - com toda razão, diga-se de passagem - que o programa segue a Constituição Federal e as políticas de ações afirmativas.

Não é pouco coisa, não! Estamos falando de reparação histórica, de inclusão social, de dar oportunidades para quem sempre ficou à margem. Parece que finalmente estamos entendendo que educação de qualidade tem que ser para todos.

E sabe o que é mais legal? O TRF5 considerou que a interrupção do processo seletivo causaria "grave lesão à ordem pública" e à política educacional. Ou seja, perceberam que não se trata apenas de um processo burocrático, mas de um projeto que mexe com a vida real das pessoas.

E agora, o que acontece?

Com a decisão, a UFPE pode seguir com todo o processo seletivo normalmente. As provas devem acontecer conforme o calendário previsto - e 35 futuros médicos estão mais perto de realizar seus sonhos.

É daquelas vitórias que a gente comenta: "Por que não pensei nisso antes?". Formar médicos que conhecem a realidade do campo, que entendem as particularidades dessas populações... Faz todo sentido, não faz?

Enquanto isso, em Caruaru, a expectativa deve estar a mil. Imagina só as famílias acompanhando tudo isso, torcendo para que seus jovens possam ter essa oportunidade única.

Parece que a justiça - com J minúsculo mesmo - está sendo feita. E que venham muitos médicos formados por esse programa! O Brasil agradece.