
Numa tarde comum, mas nada convencional, uma feira em São Paulo foi palco de algo que dificilmente passa despercebido: um especialista ensinando, abertamente, como plantar maconha. Sim, você leu certo. E não, não foi num beco escuro — foi num espaço público, de cara limpa e com uma plateia curiosa.
Parece coisa de outro mundo, né? Mas é a mais pura realidade. O cara, que manja muito do assunto, mostrou desde o tipo de semente até os cuidados com iluminação, solo e rega. Detalhe: tudo focado no uso medicinal, claro. Nada de achismos ou conversa fiada. Foi na base do conhecimento técnico, daquelas dadas que até quem nunca plantou um pé de alface consegue acompanhar.
Mas espera aí... Isso é legal?
Bom, aí é que tá o pulo do gato. A legislação brasileira ainda é um campo minado quando o assunto é cultivo de cannabis. Mesmo para fins medicinais, a coisa é cheia de perrengues burocráticos. O próprio especialista deixou claro: o objetivo da oficina era educativo, não incentivar ninguém a sair por aí plantando sem respaldo legal. É sobre entender a planta, seus usos, seus benefícios — e, claro, seus limites perante a lei.
E o público? Como reagiu?
Tinha de tudo um pouco: desde curiosos até pacientes que já usam derivados da cannabis e queriam saber mais sobre a origem do tratamento. Teve até quem anotasse tudo num caderninho, sério. A vibe era de respeito total, ninguém ali tava fazendo graça ou tratando como algo menor. Pelo contrário: era discussão séria, com perguntas inteligentes e um interesse genuíno em aprender.
E não para por aí. O debate esquentou quando alguém puxou a questão da descriminalização. Opiniões divergentes, argumentos fortes de ambos os lados... Foi um daqueles momentos em que você vê a sociedade refletida num único evento. São Paulo sendo São Paulo, né?
Pra quem tá pensando “e eu com isso?”
Olha, mesmo que você nunca tenha usado ou não precise de cannabis medicinal, o assunto é sintomático. Mostra como certos tabus estão aos poucos — muito aos poucos, mas estão — sendo questionados publicamente. É educação, é saúde, é política, é cultura. Tudo junto e misturado.
E aí, o que você acha? Achou coragem do evento promover uma oficina dessas? Ou foi maluquice? O fato é: a conversa aconteceu, e agora tá aí, reverberando. Como sempre, a cidade não para de surpreender.