
Um fenômeno que vem ganhando força em todo o mundo agora chegou ao Japão: a demissão silenciosa, ou quiet quitting. O termo, que se popularizou nos últimos anos, descreve a prática de funcionários que passam a fazer apenas o mínimo necessário no trabalho, sem se dedicar além do esperado.
O que chama a atenção é que essa tendência está se espalhando até mesmo no Japão, país conhecido por sua cultura de trabalho extremamente dedicada, com longas jornadas e forte senso de comprometimento com a empresa.
Por que os japoneses estão aderindo ao movimento?
Especialistas apontam várias razões para essa mudança de comportamento:
- Mudança geracional: os jovens profissionais estão priorizando qualidade de vida em detrimento do trabalho excessivo.
- Desilusão com o sistema: muitos não veem mais sentido em se sacrificar por empresas que não retribuem adequadamente.
- Influência global: a disseminação de ideias através das redes sociais está transformando mentalidades.
Impactos no mercado de trabalho japonês
O fenômeno está causando preocupação entre empregadores japoneses, acostumados a contar com funcionários altamente dedicados. Algumas empresas já começaram a repensar suas políticas de gestão e benefícios para tentar reverter a situação.
Enquanto isso, especialistas em recursos humanos alertam que a demissão silenciosa pode ser um sinal de problemas mais profundos na relação entre empregadores e empregados, que precisam ser enfrentados para garantir a sustentabilidade do mercado de trabalho.