Além de Trump: CNI pressiona Lula por medidas urgentes na economia brasileira
CNI cobra ações urgentes de Lula na economia

Enquanto os holofotes globais se voltam para as eleições americanas — e a possível volta de Donald Trump ao poder —, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) faz um alerta que não pode esperar. O recado é claro: o Brasil precisa de ações mais contundentes na economia, e já.

Numa reunião recente, os líderes da entidade deixaram transparecer uma certa impaciência. "Tem coisas que não podem ficar só no discurso", soltou um dos participantes, sem papas na língua. A sensação é que o governo Lula ainda patina em medidas concretas para destravar setores cruciais.

O que está em jogo?

Dá pra resumir em três pontos que tiram o sono dos industriais:

  • Reforma tributária — aquela promessa que nunca sai do papel direito
  • Custo Brasil — logística cara, burocracia que emperra, juros altos
  • Inovação — o país está ficando pra trás na corrida tecnológica

"A gente vive de remendo em remendo", reclama um empresário do setor têxtil, que prefere não se identificar. Ele tem razão: enquanto outros países aceleram, aqui ainda discutimos o óbvio.

E os números?

Nada animadores. A produção industrial cresceu míseros 0,1% no último trimestre — um sinal amarelo que pisca com força. Sem falar nos investimentos, que continuam abaixo do necessário para alavancar a competitividade.

Mas calma, nem tudo está perdido. Algumas luzes no fim do túnel:

  1. O setor de máquinas mostra sinais de recuperação
  2. Exportações de manufaturados subiram levemente
  3. Programas como o "Brasil Mais Produtivo" dão algum fôlego

"É pouco? É. Mas é alguma coisa", filosofa um economista, entre um gole de café e outro. O problema é que "alguma coisa" pode não ser suficiente diante dos desafios globais.

E agora, Lula?

O governo insiste que está trabalhando num pacote de medidas, mas os prazos se alongam como fila de banco. Enquanto isso, a CNI mantém o dedo na ferida: quer ver menos retórica e mais ação.

"Tem hora que parece que estamos num looping", desabafa uma fonte próxima à entidade. O recado tá dado — resta saber se o Planalto vai ouvir antes que seja tarde demais.