
Imagine a cena: uma criança de apenas 4 anos, com olhos que brilham de curiosidade, sendo deixada de lado enquanto os coleguinhas brincam. Foi isso — segundo relatos emocionados da mãe — que aconteceu com um menino autista em uma creche particular no Rio. A Polícia Civil já está com o caso em mãos, e a coisa tá feia.
Detalhes que cortam o coração: a mãe, que prefere não se identificar (e quem pode culpá-la?), contou que o pequeno era sistematicamente excluído de atividades. "Ele ficava isolado num cantinho, como se fosse um móvel esquecido", desabafa, com voz embargada. Pior? Quando reclamou, ouviu que "crianças como ele atrapalham o ritmo da turma".
O que diz a lei?
Todo mundo sabe (ou deveria saber) que a Lei Brasileira de Inclusão não é sugestão — é obrigação. Mas parece que alguém esqueceu de avisar essa creche. Especialistas ouvidos pelo caso são categóricos: "Isso não é apenas falta de preparo, é violação de direitos fundamentais", dispara uma pedagoga.
E olha que o caso tem camadas:
- A família já havia comunicado o diagnóstico
- Pagava mensalidade integral
- Chegou a sugerir treinamento para os funcionários — ignorado
E agora?
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) assumiu o caso. "Estamos apurando com seriedade todas as denúncias", garantiu um investigador. Enquanto isso, a creche — que preferiu não comentar o assunto — deve responder por possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Psicólogos alertam: "O trauma dessa exclusão pode marcar a vida toda". E aí, vamos continuar fingindo que inclusão é favor, não direito?